quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Minimizando as Dores do Crescimento

35 perguntas para evitar que a empresa sofra na fase de crescimento.
O crescimento das empresas está, cada vez mais, adquirindo um sentido de urgência na agenda dos empreendedores brasileiros. Há uma unanimidade entre os economistas de que há uma “janela” de prosperidade que deve durar até 2016, ou no máximo 2017, quando se espera não uma retração, mas sim uma estabilização da economia. Em outras palavras, este hiato entre 2011 e 2017 representa uma oportunidade de captura de crescimento no seu negócio. E aqui cabe uma decisão: crescer organicamente ou aproveitar esta “estilingada”?

Se você é um daqueles que vai fazer a opção por aproveitar esta janela, o que forçosamente passa por crescer de forma acelerada e relevante, então cabem algumas reflexões. Isto significa dizer que seu negócio passará por aquela fase conhecida na adolescência como “esticão”, com suas dores associadas. A maneira como vamos passar por esta fase depende muito de como nos preparamos. Maior nível de preparação, menor nível de dor, e vice versa. Aqui vão alguns temas para ajudá-lo nesta reflexão:

Estratégia: existe um modelo de negócios? Tem sustentabilidade? Existem projeções financeiras? São sustentáveis e desafiáveis? A estratégia está documentada? Alinhada com as projeções e budget? Comunicada à organização?

Governança corporativa: há um modelo de prestação de contas? As informações utilizadas para a elaboração desta prestação de contas são confiáveis? Derivam dos registros contábeis? São tempestivas?

Aspectos legais e compliance: a estrutura societária está alinhada com a estratégia de negócio e modelo tributário? Permite a perpetuidade do negócio ou admissão de um novo acionista? A relação entre os acionistas está devidamente documentada (acordo de acionistas)?

Relatórios contábeis e financeiros: existe uma área de contabilidade estruturada? Está coordenada com a área financeira? O registro das transações obedece às novas normas contábeis vigentes no Brasil, IFRS? Há a prática da elaboração de demonstrações financeiras periódicas?

Tecnologia da Informação: as estruturas de tecnologia, pessoas, software e hardware, suportam o crescimento? Existe um plano diretor de informática? Plano de contingências?

Recursos Humanos: há uma estrutura de recursos humanos (recrutamento, treinamento, cargos e salário)? 
Caso exista terceirização ou pessoas jurídicas prestando serviços, existem controles para evitar ou eliminar potenciais contingências? Existe uma estratégia para identificação e retenção de talentos?

Tesouraria: está alinhada com a contabilidade? Possui controles sobre pagamentos e recebimentos? Faz uso de ferramentas de projeção?

Impostos: existem temas que podem gerar interpretações ou questionamentos por parte do fisco? Há a utilização de planejamentos tributários? Estão adequadamente documentados e suportados por opinião de especialistas (legal opinion)?

Gestão de riscos: os riscos inerentes às atividades estão devidamente mapeados? Há um conjunto de controles para mitigação destes riscos? Os processos e controles estão alinhados com estes riscos?

Operações: são utilizados parâmetros do segmento de atuação para análise da performance (benchmark)? Os controles sobre as operações permitem uma replicabilidade do modelo de negócio adotado?

As questões aqui apresentadas não pretendem esgotar o assunto, mas tão somente despertar a necessidade de uma reflexão sobre onde a empresa se encontra e onde pretende chegar. O que temos visto no mercado é que empresas de alta performance investem na formação de equipe, planejam minuciosamente sem imprevistos e, por fim, tem uma atitude de companhia de capital aberto.

Fonte: Endeavor

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Edital da Fapemig beneficia Núcleos de Inovação

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), instituição ligada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), acaba de lançar o edital “Apoio à Criação e/ou Manutenção de Núcleo de Inovação Tecnológica”. O objetivo é financiar a criação, estruturação, manutenção e capacitação das equipes dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) de Minas Gerais. Ao todo, serão destinados R$1,5 milhão às propostas aprovadas. O edital faz parte do Programa Estruturador Rede de Inovação Tecnológica (RIT), coordenado pela Sectes. A iniciativa é parte integrante do Sistema Mineiro de Inovação (Simi).

Os NITs são responsáveis por orientar, assessorar, apoiar e gerir atividades direcionadas ao processo de inovação, como proteção intelectual e transferência de tecnologia. As propostas devem ser elaboradas com base em alguns requisitos, que variam de acordo com o objetivo (criação ou manutenção dos Núcleos, por exemplo). Esses requisitos estão descritos no edital, que pode ser visualizado aqui.

O prazo para envio das propostas é até 10 de maio. Elas devem ser submetidas eletronicamente, por meio do sistema AgilFAP (HTTP://agilfap.fapemig.br). Outras informações podem ser obtidas com a Central de Informações da FAPEMIG, pelo e-mail  ci@fapemig.br .


Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Fapemig

Preciso Mudar! Mas por onde começar?


Entre se tornar ou não um empreendedor, ganha quem tem coragem de se conhecer melhor.

Duas datas marcaram fortemente a minha decisão de mudar de carreira: o dia em que cogitei uma mudança e meu último dia como executiva de uma multinacional. Foram seis meses alternando momentos de dúvida, certeza, frustração, sonho...

Porque não experimentava mais prazer no ambiente corporativo? Porque minha tão sonhada e planejada carreira executiva não mais me satisfazia?

O contato com empreendedores e seus grandes sonhos, muito motivaram minha inquietação. A essa altura já era fato para mim, que eu precisava iniciar uma nova atividade profissional, mas qual? Quando? Por onde começar?

O ponto zero é a identificação do nosso propósito, o que nos motiva e nos dirige. Por meio do coaching, da terapia, de muita reflexão e coragem, repensei meu propósito de vida e desenhei novas alternativas profissionais. Quando entendemos essa motivação, ficamos mais atentos às oportunidades, mantemos um olhar lá na frente seguido de uma imensa disposição para realizar.

Tendo mais clareza do meu propósito, busquei os porquês, analisei riscos, avaliei alternativas, construí possibilidades, estudei forças e fraquezas e, principalmente, compartilhei. Enfim, me "alimentei" do mundo exterior para, fazendo as perguntas certas, efetivar as melhores escolhas.

Empreender foi a minha escolha e a construção de um plano de ação foi um grande aliado para lembrar o "caminho", identificar obstáculos e criar alternativas. Na ausência de um plano, qualquer acontecimento pode servir de desculpas para não seguirmos em frente e o futuro vira nosso tempo verbal preferido.

Nós somos a primeira barreira, relutamos em confrontar a realidade. Diria que o segundo lugar também é nosso, ego e vaidade não permitem que, por um período, sejamos ou tenhamos “menos”. Família e amigos, sem querer, ganham a terceira posição. O excesso de cuidado conosco aparece em uma espécie de apelo para que não “sejamos loucos” em mudar. Barreiras relacionadas a recursos, energia, ambiente etc. ganham as posições seguintes.

Após um pouco mais de um ano, aprendi que nesse jogo não pode haver “depois”, “não posso”, “não sei”, “sozinho” e “sempre foi assim”. Podemos tudo, desde que tenhamos coragem para nos conhecer, disposição para fazer e sabedoria para sustentar nossas escolhas.

É possível que muitos de você prefiram o lema "deixa a vida me levar", não tentarei demover ninguém dessa crença, só convido-os a refletir se é mesmo uma crença ou se é uma reação diante da dificuldade natural de lidar com o tema. Na dúvida, a pergunta:

Qual o seu propósito?


Cláudia Klein é sócia da Argumentare, atua como Coach, palestrante e consultora de gestão.

Fonte: Endeavor Brasil