segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Inmetro vai capacitar micro e pequenos empresários

Micro e pequenos empresários poderão participar de cursos de capacitação sobre princípios básicos de tecnologia industrial. As aulas serão disponibilizadas nos 56 novos telecentros instalados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) em todos os estados brasileiros. A ideia do projeto, voltado para a difusão das técnicas de avaliação de produtos, é estimular a competitividade das indústrias brasileiras, promovendo melhorias na qualidade da produção nacional.

O chefe do Centro de Capacitação do Inmetro, Américo Bernardes, explica que uma ação piloto do projeto de formação será realizada com 60 empresários, em março deste ano, em Minas Gerais. A metodologia aplicada no curso será avaliada para posterior disseminação nos demais estados do País.


A implantação dos 56 telecentros foi concluída no segundo semestre do ano passado. Para isso, o Inmetro destinou um total de R$ 1,7 milhão para a compra de equipamentos como computadores, projetores, câmeras de vídeo e televisores. Também foi investido R$ 1,2 milhão para a aquisição de todo o mobiliário, por meio do Projeto de Apoio à Inserção Internacional de Pequenas e Médias Empresas Brasileiras (PAIIPME). O projeto é executado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e co-financiado pela União Européia.


A diretora do PAIIPME, Patrícia Vicentini, afirma que com as novas aquisições o Inmetro "contará com infraestrutura de excelência usada de forma a contribuir para que as empresas brasileiras sejam capacitadas e conquistem uma maior participação no mercado internacional".

Os telecentros também serão disponibilizados para a capacitação dos agentes que atuam nos órgãos delegados do Inmetro, os Institutos Estaduais de Pesos e Medidas (Ipem), nos estados. Eles são responsáveis pela fiscalização de instrumentos de medição e programas de qualidades de produtos. "Os cursos ministrados pelo Inmetro para os agentes dos órgãos delegados são oferecidos desde 2007, mas contavam com estrutura provisória que foram substituídas pelos telecentros", explica o chefe do Centro de Capacitação do Inmetro. Segundo ele, a meta é capacitar, até o final de 2011, mil agentes de metrologia legal e avaliação da conformidade."

Acreditamos que com infraestrutura disponível será possível capacitar empresários que precisam ter noção dos requisitos que fazem parte do processo contínuo de qualificação da produção", observou o chefe da Divisão de Gestão Corporativa do Inmetro, Sílvio Ghelman. "Queremos mostrar aos empresários de que forma a metrologia e a avaliação da conformidade afetam os negócios deles, evitando entraves e possibilitando a inserção internacional dos seus produtos no mercado", acrescentou.

Telecentros – Os novos telecentros do Inmetro possuem duas salas, sendo uma delas composta por dez computadores, todos com acesso à internet, e outra com tela multimídia e equipamento de som, com capacidade para 30 pessoas. Foram investidos R$ 50 mil em cada telecentro, instalados em todas as capitais do País e nas regionais estaduais do Inmetro.

Fonte: ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Inovações pequenas e baratas fazem muita diferença no resultado financeiro

Fonte: PROTEC

Empresas de todo o País participam de um projeto que ajuda no crescimento dos negócios. A única exigência é que as empresas já estejam consolidadas no mercado. Um exemplo é um hotel do Rio Grande do Norte.

Sílvio Sales Neto é dono de um hotel na praia de Ponta Negra, em Natal. Ele participa do programa Sebrae Mais, que tem por objetivo fazer um negócio prosperar. O projeto atende empresas avançadas, aquelas que já estão no mercado há dois anos, e que têm mais de nove funcionário.

"Nós temos empresas com dez, com 15 anos de mercado, mas que vêm buscar justamente aquele diferencial, aquilo que estava faltando", afirma João Bosco Cabral Freire, do Sebrae-RN.

O programa Sebrae Mais oferece seis soluções para fazer um negócio prosperar. São elas
1- Empretec;
2- Encontros empresariais;
3- Estratégias empresariais;
4- Gestão financeira;
5- Internacionalização;
6- Gestão da inovação.

E foi exatamente no módulo gestão da inovação que o empresário Sílvio Sales Neto aprendeu a fazer pequenas mudanças que melhoraram o resultado financeiro da empresa del

"A gente aprende que para inovar não são tantos custos. A gente aprende que para inovar não é só em tecnologia. Você pode inovar na parte de marketing, você pode inovar na parte de processos, que é o nosso caso, você pode inovar em gestão organizacional, que também foi o nosso caso", conta o empresário Silvio Sales Neto.

Em Natal, no Rio Grande do Norte, o programa Sebrae Mais atende principalmente os negócios voltados para o turismo. A cidade recebe, por ano, dois milhões de visitantes. Eles escolhem entre 28 mil leitos em pousadas, hotéis e resorts. Com tantas opções, as empresas do setor precisam se destacar para conquistar a preferência da clientela.

"A gente verificou que precisava se formalizar, se profissionalizar, deixar de trabalhar de forma amadora, a gente precisava trabalhar de forma mais profissional", diz o empresário.  O hotel tem 41 quartos. Todos com dois ambientes: o dormitório e uma sala de estar. Apesar do conforto, os hóspedes do andar térreo reclamavam que não havia vista para o mar. Para mudar o visual, o empresário fez um novo jardim, fez reforma nos muros e nos corredores e o espaço ficou aconchegante.

"A gente criou ali um ambiente íntimo, um ambiente de relaxamento. Hoje, além de a gente ter reduzido o nível de reclamações em mais de 70%, a gente tem hóspedes que, quando voltam ao hotel, preferem ficar ali", afirma Silvio Sales Neto.

Outra inovação foi a mudança no relacionamento entre o empresário e os funcionários. O empresário começou a ouvir os funcionários. E foi assim que resolveu vários problemas. Um dos trabalhos de manutenção, por exemplo, era feito com uma lixa manual. O encarregado sugeriu a compra de uma lixadeira elétrica e de um compressor para envernizar a madeira. Foi um investimento pequeno que deixou o serviço quatro vezes mais rápido

Os ensinamentos do Sebrae Mais são aplicados com a ajuda de um consultor que visita o hotel toda semana. "Através dessas metodologias os empresários vão se tornar mais fortes, mais competitivos. Podem enfrentar um mercado que está aí mais de frente com mais garantia que seus produtos e seus serviços vão ser mais bem aceitos", diz João Bosco Cabral Freire.
O programa promove encontros entre empresários do mesmo setor. Também oferece consultorias para exportação e diversos cursos de gestão financeira.  "Em um ano, a nossa ocupação aumentou mais ou menos 15%. E o nosso faturamento aumentou em torno de 10%", diz Silvio Sales Neto.
E são resultados assim, de sucesso, que o projeto quer estender a outras empresas do País. "Se a empresa, ela já tem 2 anos de existência, e já tem o conhecimento básico do que uma empresa necessita, ela pode nos procurar, qualquer que seja o Sebrae em todo o Brasil, para participar do programa Sebrae Mais. Porque vai ser um ganho muito grande para que essa empresa se mantenha nesse mercado", completa João Bosco Cabral Freire.

XI Conferência Anpei - Chamada para apresentação de casos (Call for Cases)

Fonte: ANPEI


Já estão abertas as inscrições para o envio de casos concretos e experiências reais de inovação (cases) para serem apresentados na XI Conferência Anpei, que será realizada de 20 a 22 de junho de 2011, em Fortaleza. Os interessados em submeter casos devem enviar um resumo estendido deles, até a data limite de 7 de março de 2011, para os e-mails anpei@anpei.org.br e cintia@anpei.org.br, com identificação da empresa e dados de contato do responsável pela proposta (nome, e-mail e telefones).

O texto do resumo deve ser escrito em no máximo duas páginas A4, em fonte Arial, tamanho 10 pt., espaço simples. O conteúdo deverá ser sucinto e direto, destacando claramente aspectos relevantes do caso, incluindo objetivos, vantagens, métodos utilizados, resultados financeiros e de mercado das inovações, ganhos ao longo da cadeia produtiva decorrentes delas e principais contribuições e conclusões do trabalho.

Devido à demanda crescente nos últimos anos, todas as propostas de casos serão avaliadas pela Equipe Técnica da Conferência para seleção. Eles serão analisados de acordo com os critérios de elegibilidade e atratividade. No primeiro caso, serão verificados a aderência ao tema da Conferência; os resultados (comerciais, econômicos e técnicos) da inovação e a clareza do texto. No segundo, a originalidade da solução; a possibilidade de replicação na prática empresarial; o ineditismo do caso e a sua abrangência local/regional.

Mais informações podem ser obtidas no endereço: http://www.anpei.org.br/xiconferencia/callforcases.pdf.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Empresário desenvolve uma trava antifurto de estepes

Diante do alto número de estepes roubados nas grandes cidades, José Tadeu Nogueira viu uma oportunidade de mercado, criar uma trava para garantir que o estepe não seja furtado.

Oportunidade de negócio! O furto de estepe de veículos está cada vez mais comum nas grandes cidades! Para driblar o problema, um empresário de São Paulo investiu na proteção dos estepes. Ele produz uma trava antifurto de fácil instalação e baixo investimento. Confira!

O empresário José Tadeu Nogueira criou a trava antifurto depois de ter o estepe roubado várias vezes. Ele percebeu que o produto era uma necessidade de mercado.

“Nós partimos de um protótipo, desenho de vários tipos de antifurto até chegar ao produto que a gente achou que seria o ideal. Partiu-se pra patente de desenho industrial, e patente de invenção, e iniciamos a fabricação há um ano e meio”, conta o empresário José Tadeu Nogueira.

José Tadeu é dono de uma indústria que fabrica peças e acessórios para carros. Para a produção da trava antifurto de estepes, ele investiu em ferramentas diferenciadas.

“O investimento seria, até então, por volta de 50 a 70 mil reais, nós gastamos entre projeto e ferramental, descontando máquinas. 70% da nossa produção é terceirizada, principalmente a parte de usinagem que exige máquinas mais complexas que nós não dispomos. Os outros 30%, a montagem, é feito na fábrica”, diz José.

Na fábrica, as peças em aço ganham os ajustes para a montagem final da trava. Depois elas são medidas e, em seguida, são furadas e soldadas. Cada lote tem um recorte diferenciado e isso dificulta a falsificação da trava.

“Esse produto dá certo porque é um produto concebido com uma chave e ela tem inúmeras combinações. É a chave que dá o aperto do produto e tem inúmeras combinações, fazendo com que cada antifurto seja praticamente o único”, explica o empresário.


A trava antifurto pode ser instalada em qualquer veículo, com estepe interno ou externo. A peça fica presa no lugar de um dos parafusos originais do estepe.

A indústria fabrica 45 modelos de antifurto para estepes. Daqui saem 2 mil unidades por mês que abastecem concessionárias e lojas de acessórios. A idéia do empresário é que a produção aumente para 50 mil peças até o fim do ano.

O preço da trava no mercado fica, em média, R$ 120 reais. O lucro do empresário com a venda é de 50% em cada unidade.“Começamos vendendo entre 20 e 40 peças. A procura está aumentando mês a mês. Nós não temos números, mas uma projeção de crescimento ta em torno de 15 a 20% ao mês”, comemora José Tadeu.

Uma concessionária investiu no produto. Todos os dias chegam clientes que tiveram o estepe furtado. E o produto se torna atrativo no mercado porque a instalação é rápida e o custo baixo. “O pessoal gosta muito porque eles veem que é um produto dificulta muito o roubo do estepe, né?”, aumenta o gerente da concessionária, Francisco Nobrega.

Segundo o Francisco, 20% dos carros zero quilômetro já saem da concessionária com a trava antifurto instalada. Mas a maior procura é para carros usados que chegam para serviços de manutenção.
“O cliente vem fazer um serviço, até porque já foi roubado o estepe, ou coisa parecida, nesse caso oferecemos esse produto. Às vezes numa revisão, também já é orientado o cliente porque isso acontece muito, estacionamentos, shoppings, há o roubo do estepe”, relata o gerente da concessionária.

Uma oficina de acessórios de segurança também trabalha com a venda da trava há um ano e meio.

“O atendimento em torno de 35 a 40 veículos, para a troca de vidros, por dia. Desses 30, 40, 10 foi por motivo de furto de estepe. É onde a gente oferece o serviço de trava estepe...”, comenta Fernando Padovez, que gerencia a oficina.

O cliente Júlio Hirose foi até a loja conhecer o produto depois de uma pesquisa na internet. Cansado de ter prejuízo com furto de estepe, resolveu instalar a trava.

“Eu fui furtado duas vezes e tentei resolver a situação da melhor maneira que seria a compra de uma trava. Agora estou tranquilo, coloco o carro em qualquer lugar sem problema nenhum”, conta Julio Hirose, um usuário da nova trava.

“É a visão de oportunidade de produtos carentes no mercado e a elaboração de produtos diferenciados. E o lucro é conseqüência, eu acho”, finaliza o empresário José Tadeu, desenvolvedor do projeto.


Fonte: Portal Inovação

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ser uma empresa sustentável pode ser um diferencial competitivo das pequenas em relação às grandes

O Greenpeace divulgou em outubro a 16ª edição de seu ranking com as empresas de tecnologia mais comprometidas com a preservação do meio ambiente. O mais assustador do resultado dessa pesquisa – apesar de já ter sido publicada há algum tempo – é ver marcas que endossamos com nossas compras e escolhas em posições tão baixas.

Como nerd convicto, fiquei abismado ao ver que a Nintendo, criadora do console Wii e games como Super Mario, está em último lugar, com uma nota de 1,8 – o ranking avalia cada uma delas com notas de 0 a 10 –, ou então descobrir que a Apple, queridinha dos fãs de tecnologia, caiu da 5ª para 9ª posição.

A Nintendo, por exemplo, é uma empresa que tem altos índices de emissão de gases do efeito estufa e não revelou planos para eliminar o PVC de seus produtos. Na imagem você confere a posição das 18 empresas avaliadas.

Fiquei com isso na cabeça por um tempo e até entendo que, para grandes empresas, há mais tempo no mercado, se adaptar a políticas sustentáveis leva tempo e requer investimento, o que não justifica o fato de elas não terem um plano traçado. Já para as pequenas, que começam a surgir nesse novo contexto, adotar esse tipo de prática deveria ser algo automático e um diferencial em relação às grandes marcas.

Eu, por exemplo, pensarei duas vezes antes de comprar produtos das marcas mal colocadas nesse ranking. E vocês, leitores? Como empresários, acreditam em práticas sustentáveis como diferencial de uma empresa? E como consumidores, levam isso em consideração ao escolher o produto ou o serviço de um empreendimento?



Fonte: Papo de Empreendedor