Por Adriane Gama e Cláudia Nunes
A reunião da RMI nos dias 06 e 07 de junho de 2011 na Universidade Federal de Juiz de Fora, foi uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Rede Mineira de Inovação em relação aos seus associados e no desenvolvimento das potencialidades do estado de Minas Gerais.
Identificou-se que atualmente o governo não possui uma estrutura apropriada para estimular e apoiar o uso da inovação pelo setor produtivo nacional, e, dessa forma é fundamental que a iniciativa privada assuma esse papel e busque novas alternativas de incitar o desenvolvimento de produtos e serviços de alto valor agregado, passando assim o governo a ser o apoiador das ações realizadas para este fim.
O desafio no Brasil é que as incubadoras consigam ao longo do tempo se auto-sustentar sem depender de captação de recursos de órgãos de fomento, possuindo mecanismos próprios que a possibilitem o recurso financeiro necessário para manter sua estrutura organizacional. Além disso, é necessário que o programa de incubação seja eficiente de tal maneira que consiga gerar empresas com capacidade de se manterem bem sucedidas no mercado. Neste sentido, a governança em rede é primordial para o fortalecimento de ambientes que promovam a inovação, apoiando a geração de empreendimentos bem sucedidos. Este tipo de governança proporciona a centralização do conhecimento, o que possibilita a troca de experiências e boas práticas entre as incubadoras.
Diante deste cenário, o Sr. José Luciano afirmou que a RMI precisa consolidar sua imagem como representante efetiva de incubadoras e reforçar a participação dos seus associados, tornando-se uma instituição forte, uma rede sólida para trabalhar pelos ambientes de inovação de Minas Gerais.
Uma das ações apoiadas pela RMI foi a implantação do CERNE (Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos). O CERNE foi construído em 2007, baseado nos modelos de sucesso de países do primeiro mundo e pressupõe que é necessário inovar o conceito de incubação no Brasil e gerar um novo modelo de incubação orientado para o desenvolvimento sustentável e o estabelecimento de uma visão de futuro, buscando aliar performance (resultado) e impacto (abrangência).
A modelagem do CERNE 1 foi realizada a partir da definição da cadeia de valor e identificação dos processos críticos, com a definição dos macro-processos e sub-processos. Em seguida foram estabelecidos os fluxos dos processos, formulários e modelos e instruções de trabalho. Buscaram-se as melhores práticas das incubadoras envolvidas, e realizada a revisão dos processos.
Detectou-se que, com exceção de um processo, os demais processos definidos pelo CERNE eram padronizados, ou seja, já existiam melhores práticas no mercado que poderiam ser utilizadas para a sua implantação, sendo elas: gestão da comunicação, gestão por resultados, gestão financeira, gestão comercial (CRM), treinamento e desenvolvimento (gestão de pessoas), gestão de processos e serviços.
Algumas incubadoras de Minas Gerais, dentre elas a CRITT, a INATEL e a INCIT, optaram pela implantação e certificação ISO 9000. Essas incubadoras relataram que foram identificados diversos benefícios ao utilizar-se a norma, principalmente no que diz respeito à imagem da incubadora e a melhoria no desenvolvimento e execução das atividades realizadas por cada setor, o que proporcionou o aumento do profissionalismo da gestão e a melhoria contínua dos processos. Foi discutido que o principal objetivo de se implantar um sistema de gestão da qualidade é a necessidade de manter a gestão orientada por processos e a certificação é conseqüência.
Portanto, vale discutir: Qual é a importância da governança em rede para incubadoras de empresas e parques tecnológicos e para o desenvolvimento regional? Quais são a finalidade e importância de se manter um sistema de gestão da qualidade para uma organização?
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