Diante do alto número de estepes roubados nas grandes cidades, José Tadeu Nogueira viu uma oportunidade de mercado, criar uma trava para garantir que o estepe não seja furtado.
Oportunidade de negócio! O furto de estepe de veículos está cada vez mais comum nas grandes cidades! Para driblar o problema, um empresário de São Paulo investiu na proteção dos estepes. Ele produz uma trava antifurto de fácil instalação e baixo investimento. Confira!
O empresário José Tadeu Nogueira criou a trava antifurto depois de ter o estepe roubado várias vezes. Ele percebeu que o produto era uma necessidade de mercado.
“Nós partimos de um protótipo, desenho de vários tipos de antifurto até chegar ao produto que a gente achou que seria o ideal. Partiu-se pra patente de desenho industrial, e patente de invenção, e iniciamos a fabricação há um ano e meio”, conta o empresário José Tadeu Nogueira.
José Tadeu é dono de uma indústria que fabrica peças e acessórios para carros. Para a produção da trava antifurto de estepes, ele investiu em ferramentas diferenciadas.
“O investimento seria, até então, por volta de 50 a 70 mil reais, nós gastamos entre projeto e ferramental, descontando máquinas. 70% da nossa produção é terceirizada, principalmente a parte de usinagem que exige máquinas mais complexas que nós não dispomos. Os outros 30%, a montagem, é feito na fábrica”, diz José.
Na fábrica, as peças em aço ganham os ajustes para a montagem final da trava. Depois elas são medidas e, em seguida, são furadas e soldadas. Cada lote tem um recorte diferenciado e isso dificulta a falsificação da trava.
“Esse produto dá certo porque é um produto concebido com uma chave e ela tem inúmeras combinações. É a chave que dá o aperto do produto e tem inúmeras combinações, fazendo com que cada antifurto seja praticamente o único”, explica o empresário.
A trava antifurto pode ser instalada em qualquer veículo, com estepe interno ou externo. A peça fica presa no lugar de um dos parafusos originais do estepe.
A indústria fabrica 45 modelos de antifurto para estepes. Daqui saem 2 mil unidades por mês que abastecem concessionárias e lojas de acessórios. A idéia do empresário é que a produção aumente para 50 mil peças até o fim do ano.
O preço da trava no mercado fica, em média, R$ 120 reais. O lucro do empresário com a venda é de 50% em cada unidade.“Começamos vendendo entre 20 e 40 peças. A procura está aumentando mês a mês. Nós não temos números, mas uma projeção de crescimento ta em torno de 15 a 20% ao mês”, comemora José Tadeu.
Uma concessionária investiu no produto. Todos os dias chegam clientes que tiveram o estepe furtado. E o produto se torna atrativo no mercado porque a instalação é rápida e o custo baixo. “O pessoal gosta muito porque eles veem que é um produto dificulta muito o roubo do estepe, né?”, aumenta o gerente da concessionária, Francisco Nobrega.
Segundo o Francisco, 20% dos carros zero quilômetro já saem da concessionária com a trava antifurto instalada. Mas a maior procura é para carros usados que chegam para serviços de manutenção.
“O cliente vem fazer um serviço, até porque já foi roubado o estepe, ou coisa parecida, nesse caso oferecemos esse produto. Às vezes numa revisão, também já é orientado o cliente porque isso acontece muito, estacionamentos, shoppings, há o roubo do estepe”, relata o gerente da concessionária.
Uma oficina de acessórios de segurança também trabalha com a venda da trava há um ano e meio.
“O atendimento em torno de 35 a 40 veículos, para a troca de vidros, por dia. Desses 30, 40, 10 foi por motivo de furto de estepe. É onde a gente oferece o serviço de trava estepe...”, comenta Fernando Padovez, que gerencia a oficina.
O cliente Júlio Hirose foi até a loja conhecer o produto depois de uma pesquisa na internet. Cansado de ter prejuízo com furto de estepe, resolveu instalar a trava.
“Eu fui furtado duas vezes e tentei resolver a situação da melhor maneira que seria a compra de uma trava. Agora estou tranquilo, coloco o carro em qualquer lugar sem problema nenhum”, conta Julio Hirose, um usuário da nova trava.
“É a visão de oportunidade de produtos carentes no mercado e a elaboração de produtos diferenciados. E o lucro é conseqüência, eu acho”, finaliza o empresário José Tadeu, desenvolvedor do projeto.
Fonte: Portal Inovação
Fonte: Portal Inovação
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