A Bematech recapitulou os momentos - desde a sua fundação em uma incubadora até a abertura de capital na Bolsa de Valores - em que inovar foi decisivo para continuar no jogo
A Bematech, como muitas empresas do Brasil, nasceu de uma ideia: um projeto de mestrado de impressoras matriciais. Em 1989 o empreendimento foi aceito pela Incubadora Tecnológica de Curitiba. Em 1991, com o objetivo de diversificar sua atuação no mercado, começou a fábricação de mini-impressoras, de olho no mercado de automação bancária.
Hoje, se quiser conferir a presença dessa empresa no mercado, dê uma olhadinha na máquina de impressão fiscal quando for a um estabelecimento comercial: é bem provável que ela seja uma Bematech.
Em 18 anos a empresa passou de um projeto de mestrado apoiado por uma incubadora para uma empresa de capital aberto. A inovação, além de estar na tecnologia desenvolvida para os produtos, está presente na maneira de gerir a empresa. Para Wolney Betiol, co-fundador da Bematech, inovação é o valor que o cliente percebe e paga. "Ou seja, buscamos a inovação em produtos, processos, serviços, na forma de nos relacionarmos com os clientes", diz.
Convidamos a Bematech a fazer uma retrospectiva de seus principais desafios e conquistas nesses 20 anos de existência e como a inovação sempre foi a chave, tanto dos êxitos como para sair de situações difíceis:
1987 – 1989
Wolney Betiol e Marcel Malczewski são alunos do curso de especialização em informática. Como o curso promete apoiar os formandos que tivessem interesse em desenvolver produtos com viabilidade mercadológica e tecnológica, os estudantes propõem a criação da empresa Betiol e Malczewski TECnologia, para o desenvolvimento de impressoras para telex e são aceitos como a primeira empresa incubada, na então fundada INTEC – Incubadora Tecnológica de Curitiba.
O desafio aqui foi tirar a inovação do papel - duas dissertações de mestrado - e implementá-la em um modelo de negócio.
1990 – 1994
Depois de dois anos e meio, saem da incubadora e alugam imóvel próprio.
O Brasil vive o fim do período da reserva de mercado para informática. Houve então uma verdadeira “invasão” de computadores no mercado. Este movimento aqueceu a demanda por periféricos. A presença de empresa brasileira no setor de informática era rara.
Como já possuem a tecnologia de impressoras, percebem que o fornecimento de
mini-impressoras para autenticação de documentos em caixa de bancos e emissão de cupons no comércio em geral poderia ser interessante.
Entre perceber uma demanda e conseguir tirá-la do papel, tem uma grande distância. Para conseguir o capital para inovar a produção, vendem participações acionárias para sócio-investidores e buscaram empréstimos bancários, que tiveram o aval dos acionistas como garantia.
Passam a oferecer nossos produtos em regime de OEM (Original Equipment Manufactured) para empresas como HP, Unisys e IBM.
1995 – 1999
A inflação pode ser um mau negócio para o Brasil, mas não para a Bematech: com o alto investimento dos bancos na automação dos seus processos para garantir uma rápida movimentação financeira, a empresa produz centenas de milhares de unidades de impressoras para autenticar documentos nos caixas bancários.
Com a vinda do Plano Real e a queda da inflação, os bancos, que não podem mais viver apenas dos chamados spreads, passam por uma grande transfomação e investem em terminais de autoatendimento. Outro desafio que surge com o novo contexto econômico do país: a rápida movimentação no principal mercado faz “sumir” alguns grandes clientes - como o Banco Nacional e o Bamerindus - que simplesmente deixam de existir.
A Bematech percebe logo essa tendência e tem que correr para inovar e se adaptar ao novo cenário: concebem as impressoras para quiosques, introduzem o conceito do “presenter” (o cliente só tinha contato com o papel após o término da impressão)e o uso de bobinas maiores. Essas inovações tornam as impressoras de quiosques padrão nos terminais autoatendimento.
2001
A Bematech expande suas operações para os Estados Unidos. A empresa espera com isso se inserir no dinâmico mercado americano e ofertar assim soluções adequadas e atualizadas para seus clientes. A inovação traz dificuldades: altos custos e o desafio de encontrar equipe comprometida.
2003 - 2006
Atentos às mudanças no cenário brasileiro e às demandas dos clientes, a Bematech inova mais uma vez: como diversos clientes, em especial os que atuam em rede (franquias, filiais etc), solicitam equipamentos com 5 anos de garantia, a empresa passa a oferecer um contrato de serviços de suporte e manutenção. Com isso, os clientes passam a solicitar o atendimento completo na automação das lojas, incluindo também o software do ponto de venda. A Bematech, que antes só oferecia a impressora, passa a cuidar de toda a infraestrutura tecnológica dos estabelecimentos.
2007-2010
A empresa cresce, emprega mais de 1000 funcionários e abre unidades Taiwan e China. A Bematech abre capital na Bolsa de Valores.
2011
Bematech sente necessidade de inovar em seu modelo de gestão trazer um executivo com experiência de mercado para liderar a empresa. Cleber Morais, com experiência em grandes empresas como a IBM, SUN e Avaya chega com o desafio de fornecer não só produtos, mas soluções inovadoras.
Hoje, se quiser conferir a presença dessa empresa no mercado, dê uma olhadinha na máquina de impressão fiscal quando for a um estabelecimento comercial: é bem provável que ela seja uma Bematech.
Em 18 anos a empresa passou de um projeto de mestrado apoiado por uma incubadora para uma empresa de capital aberto. A inovação, além de estar na tecnologia desenvolvida para os produtos, está presente na maneira de gerir a empresa. Para Wolney Betiol, co-fundador da Bematech, inovação é o valor que o cliente percebe e paga. "Ou seja, buscamos a inovação em produtos, processos, serviços, na forma de nos relacionarmos com os clientes", diz.
Convidamos a Bematech a fazer uma retrospectiva de seus principais desafios e conquistas nesses 20 anos de existência e como a inovação sempre foi a chave, tanto dos êxitos como para sair de situações difíceis:
1987 – 1989
Wolney Betiol e Marcel Malczewski são alunos do curso de especialização em informática. Como o curso promete apoiar os formandos que tivessem interesse em desenvolver produtos com viabilidade mercadológica e tecnológica, os estudantes propõem a criação da empresa Betiol e Malczewski TECnologia, para o desenvolvimento de impressoras para telex e são aceitos como a primeira empresa incubada, na então fundada INTEC – Incubadora Tecnológica de Curitiba.
O desafio aqui foi tirar a inovação do papel - duas dissertações de mestrado - e implementá-la em um modelo de negócio.
1990 – 1994
Depois de dois anos e meio, saem da incubadora e alugam imóvel próprio.
O Brasil vive o fim do período da reserva de mercado para informática. Houve então uma verdadeira “invasão” de computadores no mercado. Este movimento aqueceu a demanda por periféricos. A presença de empresa brasileira no setor de informática era rara.
Como já possuem a tecnologia de impressoras, percebem que o fornecimento de
mini-impressoras para autenticação de documentos em caixa de bancos e emissão de cupons no comércio em geral poderia ser interessante.
Entre perceber uma demanda e conseguir tirá-la do papel, tem uma grande distância. Para conseguir o capital para inovar a produção, vendem participações acionárias para sócio-investidores e buscaram empréstimos bancários, que tiveram o aval dos acionistas como garantia.
Passam a oferecer nossos produtos em regime de OEM (Original Equipment Manufactured) para empresas como HP, Unisys e IBM.
1995 – 1999
A inflação pode ser um mau negócio para o Brasil, mas não para a Bematech: com o alto investimento dos bancos na automação dos seus processos para garantir uma rápida movimentação financeira, a empresa produz centenas de milhares de unidades de impressoras para autenticar documentos nos caixas bancários.
Com a vinda do Plano Real e a queda da inflação, os bancos, que não podem mais viver apenas dos chamados spreads, passam por uma grande transfomação e investem em terminais de autoatendimento. Outro desafio que surge com o novo contexto econômico do país: a rápida movimentação no principal mercado faz “sumir” alguns grandes clientes - como o Banco Nacional e o Bamerindus - que simplesmente deixam de existir.
A Bematech percebe logo essa tendência e tem que correr para inovar e se adaptar ao novo cenário: concebem as impressoras para quiosques, introduzem o conceito do “presenter” (o cliente só tinha contato com o papel após o término da impressão)e o uso de bobinas maiores. Essas inovações tornam as impressoras de quiosques padrão nos terminais autoatendimento.
2001
A Bematech expande suas operações para os Estados Unidos. A empresa espera com isso se inserir no dinâmico mercado americano e ofertar assim soluções adequadas e atualizadas para seus clientes. A inovação traz dificuldades: altos custos e o desafio de encontrar equipe comprometida.
2003 - 2006
Atentos às mudanças no cenário brasileiro e às demandas dos clientes, a Bematech inova mais uma vez: como diversos clientes, em especial os que atuam em rede (franquias, filiais etc), solicitam equipamentos com 5 anos de garantia, a empresa passa a oferecer um contrato de serviços de suporte e manutenção. Com isso, os clientes passam a solicitar o atendimento completo na automação das lojas, incluindo também o software do ponto de venda. A Bematech, que antes só oferecia a impressora, passa a cuidar de toda a infraestrutura tecnológica dos estabelecimentos.
2007-2010
A empresa cresce, emprega mais de 1000 funcionários e abre unidades Taiwan e China. A Bematech abre capital na Bolsa de Valores.
2011
Bematech sente necessidade de inovar em seu modelo de gestão trazer um executivo com experiência de mercado para liderar a empresa. Cleber Morais, com experiência em grandes empresas como a IBM, SUN e Avaya chega com o desafio de fornecer não só produtos, mas soluções inovadoras.
Fonte: Revista PEGN
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