quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Câmara analisa projeto de lei que reduz tempo de abertura de empresas

A proposta do projeto de lei (PL) nº 3.687/2012 é alterar o art. 37 da Lei 8.934/1994, que trata do registro público das empresas mercantis, e o art. 37 da Lei nº 9.250/1995, que autoriza a Receita Federal a celebrar convênios com os estados, Distrito Federal e municípios para obter cadastro único dos contribuintes, em substituição aos cadastros federais, estaduais e municipais.

De acordo com a Agência Câmara de Notícias, o texto autoriza a Receita Federal a firmar convênios com os conselhos regionais de contabilidade para criar um banco de dados de contabilistas. A ideia é que esses profissionais fiquem habilitados a inscrever empresas por meio eletrônico, sem uso de papel, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e no cadastro único de contribuintes.

Contabilistas poderão formalizar a abertura por meio eletrônico

Para ser possível autorizar os contabilistas a efetuarem a abertura da empresa por meio eletrônico sem o uso de papel será necessário assinatura digital, o contabilista ficará responsável por todas as informações prestadas.

Dessa forma, quando solicitado pela fiscalização, deverá comprovar por meio de documentação idônea os dados apresentados na abertura da empresa sem envio de documentação em papel. Atualmente é necessário enviar vários documentos em papel para comprovar a inscrição da empresa, como, por exemplo, cópia do contrato social ou estatuto. 

Essa possibilidade também é estendida para os eventos de transformação, incorporação, cisão e fusão, bem como alteração do capital social.

Outra questão são as certidões negativas dos entes federativos relativas aos sócios ou acionistas para abertura da empresa, que, de uma foram geral, são negativadas, ou seja, não apresentam débitos contra essas pessoas.

Contudo, enquanto tal pesquisa deveria ser feita pelo próprio ente federativo que está concedendo a inscrição, pois ele é possuidor desse banco de dados, efetuando simplesmente cruzamentos de informações através do CPF do contribuinte sócio da empresa que se pretende abrir, a não existência de débitos deve ser comprovada pelo sócio ou acionista.

Encerramento de empresas também poderá ficar mais ágil

O referido projeto também possibilita a ampliação de alternativas para envio de documentos quanto do encerramento de empresas.

Cabe lembrar que o Brasil é um dos países que mais tempo leva para abrir e encerrar uma empresa -- em média 120 dias --, isso devido à burocracia administrativa imposta pelos entes federativos.

O projeto está em tramitação em caráter conclusivo nas Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, de Finanças e Tributação, de Constituição e Justiça e de Cidadania.



Fonte: Economia Uol.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O “lado negro” do empreendedor

Leia matéria completa no link abaixo.

O “lado negro” do empreendedor

Fonte: PEGN online

O QUE AS EMPRESAS PODEM FAZER PARA INOVAR MAIS



O PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS CONTA COMO ESTÁ AJUDANDO AS EMPRESAS A CRIAREM PRODUTOS E SOLUÇÕES INOVADORAS PARA OS NEGÓCIOS E PARA A SOCIEDADE


O Brasil está aos poucos deixando de ser um mero coadjuvante no setor de tecnologia para se tornar protagonista. “No passado não nos preocupávamos em desenvolver a tecnologia, porque comprávamos as que julgávamos melhores. Hoje temos empresas no Brasil apostando no futuro”, afirma Fernando Landgraf, presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Como exemplos ele cita a Vale, a Petrobras e o Grupo Ultra, que junto com o IPT estão desenvolvendo um projeto de gaseificação de biomassa no valor aproximado de R$ 80 milhões. A ideia é transformar o bagaço e a palha da cana em combustível e aumentar em até 60% o rendimento da cana. Ninguém no planeta utiliza comercialmente essa tecnologia. O Brasil pode ser pioneiro porque, além de estar focado no desenvolvimento da tecnologia, tem uma grande concentração de cana em seu território.

Esse é o maior projeto do IPT em termos financeiros dentre as 170 pesquisas em andamento. “Precisamos apostar em muitas tecnologias, porque não sabemos quais serão as melhores daqui a 10 anos”, afirma Fernando Landgraf, presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Para aprimorar os estudos, o instituto, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, inaugurou no dia 27 de agosto o primeiro laboratório de bionanotecnologia da América Latina, chamado de Laboratório de Bionanomanufatura, um investimento de R$ 46 milhões.

Além das apostas para o futuro, o instituto também já vem desenvolvendo e testando tecnologias que fazem parte do dia a dia do brasileiro. O sistema Sem Parar é um exemplo. O IPT criou uma “tag” que permite passar pelas cancelas de pedágios e estacionamentos de shoppings sem parar. Ele também testou o desempenho dos radares de velocidade na cidade de São Paulo e é responsável por indicar maneiras de lavar a roupa nas máquinas de lavar. Para descobrir as melhores formas, ele possui máquinas giratórias que testam por horas as lavagens dos tecidos.

O IPT também testou a resistência do concreto, em 1913, do que foi considerado na época o primeiro “arranha-céu” do Brasil, o edifício Guinle, com sete andares e 36 metros de altura. O que existia até então eram basicamente casas com alguns andares de madeira. Até hoje o Instituto guarda pedaços de concretos de prédios para estudá-los e verificar se os arranha-céus centenários estão em boas condições.
Para descobrir mais projetos e como as empresas estão inovando e podem inovar,Época NEGÓCIOS conversou com Landgraf. Confira a entrevista:

Qual é o principal projeto do IPT?

O de gaseificação da biomassa, com a Vale, a Petrobras e Oxiteno, do Grupo Ultra. É um projeto de R$ 80 milhões para montar uma planta piloto de gaseificação em Piracicaba, em parceria com a Esalq [Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP)]. É uma rota para aproveitar melhor o bagaço da cana e transformá-lo em combustível. Imaginamos que em 2020, 140 novas usinas serão montadas com o crescimento da indústria sucroalcooleira. Queremos disputar essas 140 usinas e saber se essa tecnologia será viável economicamente. 


Ela é muito mais cara?

Ela tem um custo de investimento. Hoje esse custo está muito alto. Precisaríamos diminuir o custo de investimento pela metade. Essa tecnologia ainda nem existe, ninguém a usa comercialmente no planeta. Podemos ser pioneiros nessa tecnologia porque temos a cana que ninguém tem. Ninguém tem essa quantidade de biomassa que temos concentrada em um lugar. Temos que aproveitar as várias formas de gerar energia. Há 20 anos, só fazíamos energia hidráulica.

Seria uma solução para o setor elétrico? O que futuramente isso vai trazer de benefício para o Brasil? 
É um leque de tecnologias. Também temos a solar, a eólica e a biomassa. Temos que ver quais são as mais viáveis. Precisamos apostar em muitas, porque não sabemos quais serão as melhores daqui a 10 anos. Na Independência do Brasil não usávamos energia a vapor, a energia era praticamente animal e hidráulica. Uma coisa importante é que até muito recentemente não tínhamos essa preocupação. Antes comprávamos a melhor tecnologia disponível. Os outros desenvolviam e nós comprávamos. O Brasil chegou a um ponto em sua economia em que é importante as empresas apostarem no futuro e desenvolverem tecnologias que iremos buscar daqui a pouco. Isso já está acontecendo.


Qual outro projeto o IPT faz com empresas que pode esquentar a economia?

Temos uma parceria com a Minas Ligas, uma empresa que produz silício, que é um material usado na célula solar [converte luz solar em energia elétrica]. O Brasil produz uma quantidade grande silício, mas com pureza de 99%, que é baixa. Para a célula solar é preciso de um silício com 99,999999%. O silício que o Brasil vende custa US$ 3. Com esse silício de seis noves depois da vírgula, o silício passa a valer US$ 30. A Minas Ligas quer entrar nesse mercado que cresceu 100 vezes nos últimos dez anos. Para isso, ela tem o apoio do FUNTEC [Fundo Tecnológico], onde o BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento] banca 80% do total do projeto, que está na ordem de R$ 10 milhões.


Como as empresas podem formar parceria com o IPT?

É bastante simples. Temos que definir qual é a ideia e o que se quer desenvolver. Elaborar uma meta técnica clara e definir qual propriedade desenvolveremos. Depois disso, vamos juntos buscar as fontes de financiamento para o projeto. Nessa hora, é bastante importante também discutir a propriedade intelectual. A empresa está colocando uma parte do dinheiro, então ela tem direito, mas não é a única proprietária. Só quando o dinheiro é apenas da empresa. Quando há financiamento, o IPT também será dono de parte da propriedade intelectual, assim como o governo. É preciso ter um acordo entre a empresa, o IPT e o BNDES. Também ajudamos pequenas e médias empresas a exportar produtos com o PROGEX [Programa de Apoio Tecnológico à Exportação]. Auxiliamos as companhias a superar as dificuldades de exportação, passando pelas normas do país que ele está querendo exportar. Estamos agora tentando descobrir como mostrar o impacto econômico que o IPT gera para essas empresas. Quando a empresa compra o trabalho do IPT, esse trabalho gera um valor para a sociedade, então o nosso desafio é saber como calcular esse valor.


Quais projetos já estão sendo feitos no laboratório de bionanomanufatura inaugurado no final de agosto?

Logo após a inauguração fomos procurados por 30 empresas para fazer inovação. Um grupo grande do setor de cosméticos é um deles. A história das nanopartículas, usadas nos cosméticos, é um assunto muito quente [produtos com nanopartículas poderiam penetrar com mais eficácia na pele e no cabelo]. Além dos cosméticos tem o lado farmacêutico. Imagine que você tomou um remédio e quer que ele aja no intestino. Ele vai ter de atravessar o nosso estômago, que é muito ácido. O fármaco pode ser atacado pelo estômago, fazer mal. Se você encapsula o princípio ativo com uma substância que consiga sobreviver aos ácidos do estômago, esse fármaco vai chegar em maior quantidade e melhor estado no local em que você quer que ele aja. Hoje já existem remédios em que você coloca revestimento na pílula. A diferença é fazer isso nas partes nanoscópicas. Essas pequenas partes são mais finas que um pó de talco. Você reveste cada uma dessas partículas com uma substância protetora. Os nossos pesquisadores também querem mexer na superfície da partícula, ou seja, mudar as características químicas dela. Ela pode ser hidrofílica, gostar de água, ou hidrofóbica, que repele a água. Por exemplo, a vitamina B12 é hidrofílica e o hormônio de progesterona é hidrofóbico. O processo funciona para que os medicamentos consigam agir em determinadas regiões do corpo para tratamento de doenças e para a estética. 


Alguns especialistas dizem que com a bionanotecnologia poderíamos criar vida a partir do nada. Seria possível isso no laboratório? 

Não somos um centro de ciência, mas sim de tecnologia. É a ciência que pensa no futuro daqui a 50 anos, a tecnologia pensa daqui a 10 anos.


No mundo já existem 600 produtos de nanomateriais. Vamos criar novos produtos com nanomaterial? Já temos projetos?

Não podemos falar sobre isso porque todas as 30 empresas começaram a negociação e precisamos guardar sigilo. Posso comentar um projeto interno, que o IPT produz com recursos próprios. Um fármaco para melhor acondicionar o coquetel que os pacientes de HIV tomam. O objetivo é fazer com que eles tenham menos efeitos colaterais. Queremos diminuir a quantidade de remédios que a pessoa precisa tomar. Hoje, o paciente toma remédio e rapidamente ele é transformado pelo intestino e vai para o sangue. Essa quantidade grande que se coloca no sangue é que pode dar problema. Quando você microencapsula, aumenta o tempo necessário para as partículas se dissolverem no intestino e irem para o sangue. Não existe um pico, uma quantidade grande. Não fica tão agressivo. 


Como o laboratório do IPT está em relação aos outros laboratórios do mundo?

Do ponto de vista da ciência, os laboratórios científicos no Brasil estão avançados. Mas o nosso foco é tecnologia, então o foco é diferente. Os fármacos, até chegarem ao mercado, demoram cinco anos ou mais. É uma novidade para o Brasil e estamos passando por esse processo de licenciamento. A nossa ciência está avançada, mas a tecnologia não está. Nossa referência, nesse ponto de vista, é o ITRI [Industrial Technology Research Institute], um instituto de Taiwan.


O que precisa ser feito para melhorar?

Mais empresas precisam fazer desenvolvimentos que resultem em inovação no Brasil. O IPT tem ao todo 170 projetos em andamento, 53 internos e 117 em parceria com empresas. Para incentivar as empresas a inovarem, mapeamos os que elas estão fazendo e oferecemos serviços. Fizemos um trabalho a respeito da distribuição das chuvas na região metropolitana onde o nosso foco era descobrir como a qualidade da água é afetada com as chuvas. O nosso objetivo é vender o projeto para a Sabesp. O nosso solo já tem algumas contaminações, então chove e a água das chuvas leva isso para o lençol freático e para os reservatórios. Depois da chuva, quanto tempo demora para que os contaminantes apareçam na Billings ou na Guarapiranga e o que a Sabesp precisa fazer para limpar a água?


E em relação às enchentes?

Fazemos um trabalho com a prevenção de danos de escorregamento nas áreas de risco. Vídeos sobre como não fazer construções erradas. Muitos pesquisadores do IPT foram treinados no Japão nessa área de riscos ambientais. Tem muito a ver com o fato de educar as pessoas. O IPT também faz tecnologia social. Nem todas as nossas soluções são tecnologias “duras”, onde inventamos equipamentos novos, também temos uma área que trabalha com a tecnologia de convencer a população a evitar o risco, a ter um comportamento que reduza o risco.


E qual foi a atuação do IPT em tecnologias que hoje fazem parte do dia a dia do brasileiro? 

O IPT tem 400 pesquisadores, dentre eles engenheiros, geólogos e geógrafos, e 4 mil clientes. Somos um ‘shopping center’ de lojas vendendo produtos diferentes. O Orçamento de 2011 foi de R$ 130 milhões, sendo que R$ 90 milhões vieram das empresas com a venda de serviços e R$ 50 milhões de dotação do governo. Muitas pessoas nos conhecem por medir coisas. Medimos a qualidade dos coletores solares, a massa, o comprimento, a vazão. Por exemplo, todos os medidores de gás da Comgás são calibrados no IPT. Estamos ajudando o governo e as empresas a conter a sujeira das obras do anel viário sul. Evitamos que a sujeira das obras chegue aos mananciais. O nosso trabalho também é voltado à mobilidade, ao RFID [Identificação por radiofreqüência]. Um exemplo disso é o Sem Parar, que transmite a informação do carro para o pedágio e pode proteger o usuário de roubo. Apoiamos o Governo do Estado no sentido de recolher o imposto do pedágio.


E para melhorar o trânsito?

Essas informações do pedágio são enviadas para essas áreas do governo que controlam o fluxo dos veículos e podem buscar formas de minimizar os grandes congestionamentos em tempo real. Imagine que todas as rodovias de São Paulo têm os seus pedágios e essas informações são transmitidas em tempo real para a Artesp [Agência Reguladora dos Transportes do Estado de São Paulo]. 


E o que pode ser feito com essas informações?

As informações recebidas nos painéis ajudam a redirecionar o trânsito. Se ocorreu um acidente na Anhanguera e começou a se formar um congestionamento, é possível enviar informações e redirecionar o trânsito. Estamos estudando de que maneira a informatização pode melhorar o trânsito nas metrópoles com equipes da China e da Alemanha. O objetivo é saber como lidar com essa massa de informações. Imagine juntar a informação do metrô com as informações de trânsito para monitorar e administrar em tempo real como está o movimento das pessoas na metrópole. Imagine integrar o metrô, a CPTM e outros transportes. Como remunerar essas empresas com um bilhete único? Hoje, as pessoas compram um bilhete que serve para vários transportes, mas como é distribuído esse dinheiro? Atualmente é feito na base da estatística. As empresas fazem pesquisas para saber a quantidade de pessoas em cada transporte e pagam a partir dessa análise. Não existe um sistema para fazer esse pagamento.

Seu plano de negócios está errado, mesmo assim ele é fundamental.


Planos de negócios são todos errados. Isso é um paradoxo, já que planejamento é vital.


Planejamento significa começar com um plano e acompanhá-lo, revisar o progresso, conferir o plano vs. resultados, corrigir o caminho sem perder de vista o objetivo de longo prazo. Planejamento é um processo, assim como caminhar ou dirigir, que envolve correções constantes.


O plano estabelece uma referência. Sem isso não temos como conferir onde erramos, em qual direção, quando e o quais premissas estavam erradas.


Use essa referência para gerenciar os conflitos entre os problemas de curto prazo e as metas de longo prazo. Você não simplesmente executa um plano, você trabalha aquele plano. Use-o para manter sua visão sobre seu progresso, enquanto cuida dos problemas do dia-a-dia, apagando incêndios.


Tudo bem que o plano esteja errado, mas o processo de planejamento é fundamental.

Fonte: Empreendemia

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Nas eleições que cidade você quer para seu negócio? Que cidade queremos ter?


Empreendedores precisam se organizar para pedir medidas de desenvolvimento à próxima administração

Por André Martins*

O tema das eleições municipais não poderia faltar na coluna. Não para falar de política partidária, mas da política que pode fazer de São Paulo uma cidade capaz de promover e apoiar o empreendedorismo e a inovação. 

Como os empreendedores da cidade de São Paulo se sentem quando vão abrir um comércio na rua, um escritório de serviços, uma pequena fábrica, uma empresa de tecnologia etc.? São encarados como “inimigos” do município. Isso não é uma política desta ou de outra administração. É uma política vigente há muito tempo em nossa cidade. 

O que queremos do próximo prefeito? Queremos atenção àqueles que promovem a geração de empregos e de desenvolvimento e pagam impostos para a cidade. Para isso, o próximo prefeito tem que inovar, ser ousado e tirar a burocracia municipal da atual zona de conforto. Precisa adotar uma política que possa deixar claras as regras, e que sejam poucas regras, para os novos negócios na cidade. Regras claras exigem, além da vontade do prefeito, gestores públicos capazes e com ferramentas para atuar. Existem institutos especializados em melhorar a gestão pública com objetivo de ganhar a eficiência necessária para promover um movimento de geração de novas empresas na principal cidade da América Latina. 

Uma licença pode demorar alguns anos para ser obtida (você, empreendedor, sabe bem disso), o que faz com que parte dos negócios fique na informalidade, alimentando o círculo vicioso que não gera estatística positiva, não emprega mão de obra formal, não recolhe tributos etc. Para refletirmos, e até mesmo cobrar do próximo prefeito, penso em uma medida para acelerar as autorizações de funcionamento das empresas. Isso traria segurança jurídica e estimularia a formalização dos negócios. O município precisa ter como princípio atrair as empresas formais, não espantá-las. Um dos grandes problemas é enfrentar a máquina instalada para fiscalizar, onde se fixam alguns maus servidores e, consequentemente, cria-se um terreno propício para a corrupção. 

Outro ponto é estimular centros de informática a se tornarem centros de startups. Existe um projeto desse tipo em andamento, gerido pelo empreendedor Marcelo Pimenta, com o objetivo de transformar lan houses em incubadoras. Esses centros poderiam ser incentivados a ocupar as áreas de maior densidade residencial – assim tratando também de um segundo (e grave) problema, a mobilidade. Se as pessoas puderem trabalhar perto de suas residências, diminuiremos significativamente os deslocamentos e consequentemente o trânsito. 

Também desejável seria a promoção de eventos de intercâmbio cultural com cidades e países que já implantaram áreas de desenvolvimento de novas empresas. Ou ainda a criação de uma secretaria que tivesse como missão abrir a cidade para as oportunidades de investimento entre o público e o privado, focada nas micro e pequenas empresas. 

Tenho certeza de que você já teve ou já ouviu muitas outras ideias. Não vou me alongar, mas concluir com um chamado. Podemos fazer política sem sermos políticos. Basta que cobremos que os políticos façam aquilo que achamos correto. Para isso devemos nos organizar e encaminhar nossos motivos e avaliações ao poder público. A cidade, a política e todos nós ganharemos muito com uma sociedade organizada. 

* André Martins é presidente da VB Serviços e do JLIDE e sócio do Ponto de Contato e Filmland


Fonte: PEGN online. 


Lendo os resultados: quando menos é mais

Avaliar cuidadosamente os resultados pode fazer a diferença, pois um retorno maior nem sempre é a melhor opção.

Pode parecer ir contra o bom senso, mas, ao avaliar os resultados de testes de mercado, às vezes menos é mais. Como frequentemente nos concentramos no número relativo de vendas produzidas por estratégias de teste concorrentes, é possível negligenciar o fato de que, às vezes, o que parece ser o ‘vencedor’ em uma matriz de teste é, na realidade, o ‘perdedor’, do ponto de vista do lucro.

Isso é especialmente verdadeiro quando decidimos usar ofertas de incentivo em que o custo do incentivo não se auto-liquida: um relógio no valor de R$100, que custou a você R$ 25, e você “dá” ao cliente pela aquisição do produto principal por apenas R$ 25, é auto-liquidável. Por outro lado, se você oferecê-lo de graça, isso te custaria R$ 25.

Alguns anos atrás,  fizemos um teste para um clube de música. Para incentivar as pessoas a participarem do clube e aceitarem comprar mais 6 CDs pelo preço padrão,  testamos várias ofertas iniciais de incentivo. Como inserimos as ofertas divididas entre várias publicações, cada cliente potencial viu apenas uma oferta e, portanto, não poderia compará-las. Se ele fosse atraído pela oferta, ele aderiria ao clube. Se esta não tivesse apelo, ele a ignoraria.

Digamos que cada CD, na oferta inicial, tinha um custo real para o clube de R$2,90. Eis quatro dos testes promocionais:

• 3 CDs por R$14,95
• 4 CDs por R$19,96
• 5 CDs por R$19,95
• 5 CDs por R$23,95

Como esperado, mais pessoas (2,8% da amostra da distribuição promocional dessa oferta) foram atraídas pela opção de 5 CDs por R$ 19,95 do que pela outra oferta com 5 CDs por R$ 23,95, que ficou em segundo lugar com 2,71%, e 4 CDS por R$ 19,96 em terceiro com 2,67%.

O jeito fácil de observar os resultados levaria a lançar a oferta de 5 CDs por R$19,95 – que atraiu a maioria dos novos membros do clube – e dar risada a caminho do banco. Mas isso teria sido um grande engano.
Eis o porquê. Quando examinamos os números com cuidado, descobrimos que, em uma “Base de Custo por Membro” (que inclui o custo não recuperado dos discos de incentivo), a oferta de menor custo por membro foi, na realidade, 3 CDs por R$ 14,95 com um custo por associado de apenas R$13,70. Esta oferta não estava nem entre as três vencedoras em termos percentuais. Como pode ser isso?

Simples. Ou assim parecia no início do processo.




Evitando uma análise mais aprofundada e optando pelo custo mais baixo por associado, nós escolheríamos a opção de 3 CDS por R$14,95. Mas, assim como selecionar a oferta de 5 CDs por R$19,95 porque teve a maior resposta percentual, isso teria sido um erro, pois estaríamos considerando apenas o custo por associado.

Eis aqui o que revelou uma análise mais aprofundada.







Como podemos observar, embora 3 CDs por R$14,95 tivesse o custo mais baixo (R$15,29) e o maior benefício final (R$ 20,71) por associado, a resposta porcentual relativamente baixa significou um número mais baixo de associados do que qualquer uma das outras ofertas. Enquanto a opção de 5 CDs por R$19,95 tinha a maior resposta percentual, 2,80%, graças ao elevado custo não-recuperado dos CDs nesta oferta, seu benefício final (R$15,24) era o mais baixo dos testes.


O mais importante é que o que chamamos de “Benefício Relativo”: a linha de lucro representada na última coluna da direita na tabela. O que ela exibe é a quantia relativa de lucro que o clube ganharia se oferecesse 50 mil (ou outra quantidade colocada na célula) ofertas de cada opção. O que nós vemos é que 4 CDs por R$19,96 renderiam o maior lucro, embora esse resultado esteja próximo daquele de 3 CDs por R$ 14,95.
Ler corretamente os resultados pode fazer a diferença entre grandes conquistas e grandes perdas. E, às vezes, como no caso acima, uma resposta menor pode gerar um lucro maior. Uma razão para isso é que, em regra, quanto maior o incentivo, maior a resposta. Mas isso geralmente significa que os clientes potenciais são mais atraídos pelo incentivo do que pelo produto. Se este for o caso, seu valor vitalício e até mesmo sua disposição para pagar vão decair, e esses fatores afetarão negativamente os lucros.

Ao considerar qualquer incentivo, a pergunta que deve ser feita é: o quanto a resposta precisa melhorar em relação ao mailing anterior para justificar o custo maior da oferta de incentivo? A ferramenta simples para calcular isso está apresentada abaixo. É uma parte do modelo de Test Results Analysis, que você pode baixar aqui.

A palavra final sobre ler os resultados é simplesmente que o seu foco nunca deve desviar da lucratividade final de cada uma das suas ofertas e que apenas uma análise cuidadosa pode apontar o real vencedor e garantir a você a medalha de ouro.
Nota: Uma grande ajuda para preparar o exemplo foi fornecida por Francisco Pigato, da Editora Abril.


Peter Rosenwald é especialista em Data-Driven Marketing, professor, e autor do livro "Accountable Marketing: Otimizando resultados dos investimentos em Marketing".

Fonte: Endeavor Brasil.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

E-book gratuito: 5 passos para vender mais pela internet


O ebook “5 passos para vender mais pela internet” é um livro gratuito feito pela equipe Empreendemia (mesma equipe que cuida do blog Saia do Lugar).

O objetivo deste ebook é dar dicas práticas para micro e pequenas empresas que querem aumentar suas vendas pela internet.

Ele é gratuito, de graça e grátis!

Pra conseguir o seu, basta enviar uma mensagem via Twitter ou Facebook e pronto, você terá o seu livro na hora:







Para quem tiver comentários, feedback ou simplesmente quiser dar um alô sobre o ebook, basta escrever para ebookmkt@empreendemia.com.br.

Fonte: Empreendemia


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Captação de clientes: grandes contas


A ferramenta Captação de clientes: grandes contas é um guia prático para empresas de pequeno porte que querem conquistar grandes clientes. Ela orienta o micro e pequeno empreendedor a se preparar para apresentar sua empresa aos potenciais consumidores.

 Se por um lado um cliente de peso pode ser um sinônimo de qualidade para uma empresa de serviços, por outro ele pode significar mais risco para uma pequena fábrica. Ao usar uma abordagem simples, em dez passos que podem ser seguidos pelos empreendedores ou adaptados à realidade de seus negócios, a ferramenta quebra alguns mitos e prepara o empreendedor enfrentar essa situação importante.


Fonte: Movimento Empreenda

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Programa SEBRAE Mais para empresas avançadas


O Sebrae Mais oferece diversas soluções para empresas que buscam a evolução de seus negócios. Quando a empresa cresce, muitas vezes o dono não tem tempo para planejar o futuro da sua empresa, tem dificuldade em delegar tarefas, se sente sozinho, deseja trocar experiências com outros empresários e necessita de soluções práticas que podem ser aplicadas imediatamente no seu negócio.

Com o Sebrae Mais, você terá a oportunidade de implantar modelos avançados de gestão empresarial, ampliar sua rede de contatos, implantar estratégias para estimular a inovação na sua empresa, analisar os aspectos fundamentais da gestão financeira e melhorar o processo de tomada de decisões gerenciais. O programa é composto por conjunto de soluções que são aplicadas conforme as necessidades da empresa. O programa reúne diversas modalidades – consultoria individualizada por empresa, workshops, capacitação, palestras e encontros – direcionadas para você que busca práticas mais avançadas de gestão.

As soluções que fazem parte do programa são:

- Estratégias empresariais
- Gestão da inovação - inovar para competir
- Planejando para internacionalizar
- Gestão Financeira - do controle à decisão
- Encontros Empresariais
- Empretec
- Gestão da Qualidade
- Ferramentas de Gestão Avançada


Conheça os detalhes de cada uma das soluções clicando aqui. Para participar do Sebrae Mais, sua empresa deve ter mais de dois anos de funcionamento, acima de nove funcionários e boa estrutura operacional, o que exige uma maior sofisticação na administração. Também é importante que tenha interesse em expandir seus negócios e superado as questões básicas de gestão, nas áreas de pessoas, processos, marketing e finanças.

Procure um ponto de atendimento do Sebrae ou ligue 0800 570 0800.

Gestão de pessoas é desafio para pequenas empresas

A adoção de políticas de recursos humanos em micro e pequenas empresas (MPEs) é muitas vezes vista com resistência pelo empresário.


A falta de conhecimento e de recursos estão entre as causas. Nesse assunto, poucas vão além do básico, como folha de pagamento, demissão e contratação.


Segundo Celso Bazzola, sócio-diretor da Bazz Estratégia e Operação de RH, empresa que dá consultoria para MPEs, o grande desafio é fazer o pequeno empreendedor enxergar essas políticas como investimento, não como custo. "Eles acham que é coisa para empresa grande e só dão importância quando começam a perder talentos."


A atração e retenção de bons profissionais estão entre os principais motivos para uma empresa ficar atenta à gestão de pessoas. Isso porque o custo da rotatividade de funcionários é muito alto.


CRIATIVIDADE


Por outro lado, boas práticas de gestão nem sempre precisam de grandes investimentos. Em alguns casos, basta um pouco de criatividade. Foi o que percebeu a direção de uma pequena metalúrgica carioca, a Maemfe.


Desde 2004, a empresa vem implementando ações no intuito de melhorar os níveis de satisfação. "São ações simples, mas que têm trazido ótimos resultados", disse Marcos Paulo Dinis Ano Bom, diretor da empresa.


Ano Bom cita como exemplo o programa Bom Dia Maemfe, que mensalmente reúne os funcionários para um café da manhã oferecido pela empresa. "Nessas ocasiões, a diretoria faz um relatório resumido dos números recentes e fala sobre os planos."


A transparência na relação entre direção e funcionários trouxe resultados. Conforme relata o diretor, na pesquisa de clima que a empresa realiza entre seus colaboradores, o nível de satisfação médio constatado tem sido de 7 pontos - em uma escala de 0 a 10.


"Hoje o funcionário se sente parte do negócio e acredita na empresa."


NOVA MENTALIDADE


Mesmo com resistências, a mentalidade do pequeno empresário sobre gestão de pessoas vem mudando.
O problema é conseguir agir em meio a tantas prioridades urgentes. É o que afirma Carlos Silva, Membro do Conselho Deliberativo da ABRH-SP (Associação Brasileira de Recursos Humanos) e sócio-diretor da Lesap Consultoria Empresarial.


"Os pequenos empresários estão sempre apagando incêndios, tentando manter o negócio funcionando. Eles nem sempre têm tempo de pensar em RH", afirma Silva.


Ele reforça, porém, que a partir de dez funcionários toda empresa deveria ter políticas de recursos humanos. "Caso contrário, o empresário estará só 'treinando' o funcionário para outra empresa, pois, na primeira oportunidade, ele troca de emprego."


Silva enfatiza que o mercado está sempre em busca de bons profissionais e que o pequeno empreendedor tem de aprender a valorizá-lo. "Quando um trabalhador fica insatisfeito é como se estivesse no mercado. Está sempre à procura de um emprego melhor."


Fonte: Folha de São Paulo.