terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Como incentivar o intra-empreendedorismo em seus funcionários


Muito mais do que receber autonomia e flexibilidade de seus líderes para fazer de uma ideia um produto, o intra-empreendedor precisa ter, para começar, atitude de dono da empresa, com olhos ligados no funcionamento de cada área e em como elas impactam no negócio - este é um dos pontos chaves do perfil do intra-empreendedor, um dos tipos de profissional mais demandados pelo mercado atual. Do termo francês “intrapreneur” (Gifford Pinchot, 1978), o intra-empreendedor traz inovação e reduz custos para dezenas de empresas. Ele busca realizar seu sonho dentro de uma empresa já formatada.

Mas, para que isso se torne palpável, o incentivo ao intra-empreendedorismo deve partir das lideranças formais da empresa. Para incentivar o intra-empreendedorismo, as lideranças precisam libertar as pessoas para que elas possam errar e errar muito; por que o erro vai fazer com que elas questionem os erros e a si próprias. Quando uma empresa dá autonomia ao colaborador, em geral esse colaborador se apaixona pelo negócio, simplesmente porque ganha a oportunidade de colocar ali sua impressão digital, seu DNA.

Intra-empreendedor autêntico não pensa em um projeto somente das 9h às 18h, mas 24 horas por dia. Não se trata de obsessão, mas de um saudável prazer que não gera estresse e faz bem para a auto-estima. A paixão pelo trabalho, que significa acreditar no negócio e ter a sensação de que a experiência está valendo à pena, é outro combustível para mover o intra-empreendedor. Mas de nada vale paixão se não for seguida de persistência, pro-atividade e prazer por ensinar aos outros aquilo que se sabe. Deve-se fazer eticamente de tudo para que o negócio dê certo, transformando iniciativa em “acabativa”, com início, meio e fim, disseminando ideias e sabendo atuar como um líder, ou seja, inspirando quem só pensa em ser um funcionário.

Fonte: Site Revista PEGN.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Inovação - uma apreciação dos incentivos do Brasil

O Brasil utiliza, como muitos países, um mix de instrumentos de apoio ao P&D do setor privado que inclui incentivos fiscais (apoio indireto) e subvenções (apoio direto). A razão de ser dos incentivos é alavancar o gasto privado e dar suporte ao aumento da competitividade e da produtividade da economia.

Em função dos novos instrumentos criados no período recente, o apoio à inovação e ao P&D privado vem aumentando no Brasil. Dentre os novos instrumentos destacam-se os Fundos Setoriais, a equalização de taxas de juros do Fundo Verde Amarelo (2002), a subvenção criada pela Lei de Inovação (2004), bem como os incentivos fiscais da Lei do Bem (2005). Mas no cômputo que se faz do apoio público, a Lei de Informática (1991) é isoladamente o principal mecanismo de incentivo, respondendo por 2/3 dos recursos que são contabilizados como incentivo às atividades de P&D privadas.

Considerando-se todos os instrumentos, o apoio público é muito relevante, e colocaria o Brasil entre os países que mais apóiam o esforço privado de P&D, em especial por meio de renúncia fiscal, como a Lei de Informática e a Lei do Bem. Computando os incentivos diretos e indiretos, o apoio do setor público ao gasto privado é da ordem de 0,18% do PIB, contra um gasto privado de 0,50% do PIB (os dados são de 2008). Um elevado grau de incentivo, para qualquer parâmetro internacional. Poucos países oferecem um incentivo dessa ordem.

Mas as características da Lei de Informática sugerem cautela. A Lei de 1991 é muito mais uma contingência, relevante para o País, da necessidade de equilibrar os incentivos concedidos na Zona Franca de Manaus, à realidade tributária das demais Unidades da Federação, do que uma Lei de P&D. A renúncia contabilizada pela Lei é, portanto, em grande parte ilusória, pois se não houvesse o incentivo, a produção migraria para a Zona Franca ou seria importada, agravando o déficit comercial do setor.

Excluindo o incentivo da Lei de Informática, o apoio que o setor público concede às atividades de P&D no Brasil seria da ordem de 0,07% do PIB (dados para 2008), um percentual baixo quando comparado a outros países, em especial nossos principais concorrentes, comparável apenas ao que é praticado no México.

A principal conclusão do estudo é que se quisermos elevar o gasto total em P&D do setor privado, tal como era proposto pela PDP para 2010, de 0,51% para 0,65%, do PIB, teremos de rever a forma de incentivá-las. Mantendo o mesmo patamar de incentivo hoje concedido, em relação ao gasto privado, alcançar essa meta de 0,65% do PIB, exigiria que o apoio governamental subisse de 0,07% para 0,09% do PIB. Parece pouco, mas não é. Representa um aumento de quase 30% e embora nos pareça estar dentro das possibilidades brasileiras, é equivalente a toda a subvenção hoje concedida às empresas que fazem P&D.

Por outro lado, o melhor caminho a ser seguido nessa ampliação do apoio governamental, seria elevar o apoio direto, na forma de subvenção, pois o incentivo fiscal, pelas características de nosso sistema tributário, mesmo sendo essencial, concentra-se num número reduzido de empresas, mais exatamente aquelas que adotam o regime tributário do lucro real.

Algumas destacadas conclusões do trabalho reforçam a necessidade dar maior eficácia à política de incentivo aos investimentos em P&D no País:

O aumento do número de empresas habilitadas aos incentivos concedidos pelo setor público releva um interesse crescente do setor privado pela inovação e pela aplicação dos novos instrumentos. Nos últimos três anos mais de 2.500 empresas têm submetido projetos para os editais de subvenção da Finep, que se amparam na Lei de Inovação. As empresas beneficiárias dos incentivos da Lei do Bem passaram de 130 para 441 entre 2006 e 2008.

A maior dúvida que recai sobre o sistema de incentivos é sua capacidade de alavancar o gasto em P&D do setor privado. As estimativas recentes do MCT indicam que a renúncia fiscal da Lei do Bem tem características muito positivas, na medida em que induz um investimento elevado pelas empresas, cerca de cinco vezes maior que os benefícios concedidos. Mas o conjunto do sistema de incentivos brasileiro tem sido, até o presente, pouco eficaz em alterar de maneira radical o quadro da inovação brasileira.

Em parte, isso se deve às peculiaridades de nosso regime de incentivos, em especial, como já foi assinalado, ao peso que a Lei de Informática tem no conjunto dos incentivos, e às características da renúncia fiscal da Lei do Bem, que só se aplicam para empresas tributadas no regime do lucro real.

A capacidade de alavancagem dos incentivos é limitada também porque os benefícios se concentram em reduzido número de empresas. Atualmente, cerca de 800 empresas são usuárias da Lei de informática e da Lei do Bem, um número reduzido comparado às cerca de 30 mil empresas brasileiras que declaram inovar, ou mesmo às cerca de 6 mil que realizam atividades de P&D.

Esse talvez seja o desafio maior dos próximos anos. Ampliar de forma significativa o investimento privado em P&D e em inovação e fazer que os instrumentos de apoio ao setor privado ganhem capilaridade, beneficiando e influindo nas decisões de investimento dessas empresas e de muitas outras que precisam e devem fazer inovação e P&D de forma regular.

Fonte: Portal Inovação.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Prime, um nutriente para as incubadoras, artigo de Guilherme Ary Plonski

Neste momento de consolidação das políticas públicas em prol do movimento do empreendedorismo inovador no Brasil, é necessário reforçar a importância de ter cuidados especiais no uso de patentes como forma de medir a inovação no país, principalmente em análises comparativas de desempenho inovador. A utilização dessa métrica como indicador ainda constitui uma problemática, visto que patente mede apenas invenções.

O Manual de Oslo da OCDE, principal referência mundial para a coleta e interpretação de dados sobre inovação, lembra que as desvantagens das patentes como indicadores de inovação são bem conhecidas e destaca que muitas inovações não são baseadas em patentes e algumas são cobertas por múltiplas delas.Os numerosos problemas metodológicos são detalhados também em outros documentos da mesma Organização, desde o Manual de Patentes (1994).

O recente Manual de Estatísticas de Patentes (2009) adiciona às desvantagens expostas a propensão ao patenteamento desbalanceado, quer entre empresas de diferentes portes como entre os setores de atividade econômica. Observa-se que em alguns segmentos se adota a "enxurrada" de patentes como estratégia para evitar novos entrantes e para fortalecer a posição da instituição em negociações de licenciamentos cruzados com os concorrentes.

Além disso, muitas patentes têm relevância tecnológica ou econômica insignificante, enquanto algumas possuem importância mais alta, o que gera uma distribuição de valor enviesada. A conclusão é que, dada essa heterogeneidade, a simples contagem de patentes pode ser enganosa.

Para incentivar a inovação e sua contribuição ao desenvolvimento econômico do país, contamos há 25 anos com inúmeras iniciativas públicas. O recente programa Primeira Empresa Inovadora (Prime) está alinhado a um dos eixos da legislação nacional, que preconiza o estímulo à inovação nas empresas e, em especial, nas micro e pequenas.

O programa será um nutriente da inovação que encontra, nas incubadoras, terreno fértil e boas safras já colhidas. As 1,5 mil empresas graduadas faturam anualmente R$ 3 bilhões, geram 33 mil postos de trabalho e retornam em impostos praticamente todos os recursos públicos aportados ao longo das duas décadas anteriores.

Mantendo, em sua maioria absoluta, estreitos laços com universidades e institutos de pesquisa, constituem também um espaço singular de aprendizagem para estudantes, ao lhes permitir vivenciar o triângulo do conhecimento (educação, pesquisa e inovação interagindo) durante o seu período formativo.

Trata-se de uma iniciativa fundamentada que integra o leque de formas de subvenção econômica operado pela Finep, que leva em conta a experiência de outros países e é sensível às características da realidade brasileira.

Contempla as diversas regiões do país, o que é desejável, e valoriza o expressivo potencial empreendedor inovador que se revela também fora dos centros tradicionais de produção acadêmica. Previsto no Plano de Ação 2007-2010 de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional, sua modelagem envolveu diálogo intenso com empresários inovadores incubados e graduados, bem como com gerentes de incubadoras experientes. Assim, não se superpõe, mas sim alavanca os importantes programas federais e estaduais de auxílio à pesquisa e ao desenvolvimento.

Fonte: Portal Inovação

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ctic abre chamada pública para soluções digitais

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Digitais para Informação e Comunicação (Ctic/MCT) convoca chamada pública para o desenvolvimento de em tecnologias digitais de informação e comunicação. As propostas serão recebidas até o dia 28.

As instituições proponentes devem apresentar projetos com enfoque na formação do arcabouço tecnológico para a confecção e processamento de conteúdos digitais para serem aplicados no Sistema Brasileiro de TV Digital.

Podem participar da concorrência instituições de Ensino Superior ou de Pesquisa, pública ou privada, sem fins lucrativos. Cada projeto deve ter orçamento máximo de R$ 150 mil e ser realizado em até 18 meses.

O resultado da primeira etapa de avaliação das propostas será divulgado em 15 de março. As instituições pré-selecionadas participarão de um workshop para apresentar os projetos nos dias 12 e 13 de abril. O resultado final sai dia 26 de abril.

A chamada pública foi aprovada na 2ª reunião do Cômite Gestor do Programa de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (ProTIC). O Ctic tem como pricipal objetivo apoiar o desenvolvimento de competência nacional para inovação em comunicações digitais. Sua gestão está sob responsabilidade da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP/MCT).


Saiba mais sobre a chamada pública aqui.

Fonte: MCT

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Mercado de orgânicos cresce e tem oportunidades

O mercado de orgânicos é uma das tendências de bons negócios para 2010! O setor cresce em média 30% ao ano! Em Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, um empresário apostou na produção de perfumes para ambientes, tudo com matéria prima orgânica.

O aromatizador de ambientes orgânico foi lançado no mercado em março de 2009 pelo empresário Rodrigo Bolton, feito só com matéria prima natural. O aromatizador é borrifado em tecido – lençol, cortina ou sofá – e deixa todo o ambiente perfumado. “Tem um mercado muito bom lá fora, e o mercado norte-americano e europeu primam por produções orgânicas cada vez mais e que preservem o meio-ambiente. Produtos brasileiros estão em voga também. Você ser pioneiro nesse mercado é fundamental pra uma pequena empresa”, destaca Rodrigo Bolton.

Para desenvolver o produto, o empresário foi ao exterior conhecer outros aromatizadores e fez dezenas de testes. A matéria prima é o óleo essencial de plantas como a laranjeira e o capim limão. Mas criar um produto totalmente natural exige soluções nem sempre fáceis. “Para montar as fórmulas desses nossos produtos, a gente demorou 2 anos pra fazer todas essas combinações essenciais, porque eles são extremamente voláteis, você tem que fazer combinações para que eles fixem”, explica Rodrigo.

A dificuldade de trabalhar com óleos essenciais é que eles evaporam muito rápido, e o cheiro vai embora em minutos. O mérito da empresa foi descobrir uma forma de combinar esses óleos e fixá-los, sem usar produto artificial. A fórmula secreta torna a evaporação lenta e faz com que o cheiro dure de seis a oito horas no ambiente.

O empresário investiu R$ 75 mil no negócio. A empresa foi instalada nesta incubadora em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo. Segundo o gerente da incubadora, Bruno Barattino, o empresário deve permanecer dois anos aqui, onde tem custos subsidiados e apoio logístico. “O apoio se traduz por consultorias específicas na área financeira, gestão, mercado e também apoios específicos nas áreas tecnológicas que possam ser necessários”, afirma o gerente da incubadora.

O aromatizador possui o selo orgânico. O processo para obter a certificação é demorado. A empresa é inspecionada e obrigada a seguir várias normas. Segundo o consultor Alexandre Adoglio, com o selo, o empresário ganha um diferencial de mercado, ao oferecer produtos mais valorizados pelo consumidor. “Hoje no Brasil, tem agências de certificação muito bem consolidadas, como o IBD, por exemplo. Então, são institutos que para conseguir uma certificação você tem que seguir algumas regras e você consegue um aromatizador que contenha 100% de produtos orgânicos, com certeza. Além de estar contribuindo com o meio ambiente, você está contribuindo com a saúde da sua casa”, destaca o consultor.

A matéria prima do produto tem custo alto. Para fazer uma gota de uma essência como o capim limão, é preciso de 20 a 40 plantas inteiras. Um frasco do produto custa R$ 800. “A matéria prima custa seis, sete vezes mais caro que material artificial. Claro que toda tecnologia é difícil, porque você precisa fazer com que o produto fixe e agrade. E não necessariamente uma matéria natural consegue fazer isso”, ressalta o empresário Rodrigo Bolton.

Para reduzir custos e tornar o aromatizador competitivo, o empresário adotou o sistema just in time de produção. A fabricação só acontece quando há encomenda, e o produto é logo enviado ao cliente. O armário de estoque está vazio. Tem estoque zero. A produção é eficiente e econômica. No local, não se usa papel. Os laboratórios são integrados por computadores. A empresa produz hoje três mil frascos por mês, mas a previsão é fazer 200 mil por mês em 2010. O empresário já iniciou contatos para exportação. A empresa pretende exportar 80% da sua produção pros estados unidos. A nossa previsão de exportação é em 2010, no final do primeiro semestre”, diz Rodrigo Bolton.

O investimento em orgânicos compensa, porque o mercado é promissor. “Com o passar do tempo, com uma velocidade mais acentuada, a preocupação está maior agora. Você vai ter uma série de empresas aportando dinheiro nessas pesquisas o que vai fazer o produto baratear e vai ter um alcance maior na massa, com certeza“, afirma o consultor Alexandre Adoglio.

Hoje, metade das vendas do produto é para empresas. Em um consultório dentário, o aromatizador faz parte de uma estratégia de marketing para conquistar e encantar clientes. Ele associa a imagem da empresa à higiene. O produto é borrifado nas cortinas e perfuma todo o ambiente. “Logo que eu entrei, senti um cheirinho gostoso”, comenta a cliente Claudia Rodrigues.

Para a dentista Angela de Almeida, o aroma complementa os cuidados com o visual do consultório e até ajuda a diminuir o medo de dentista. “Isso associa a tranqüilidade, bem estar, tira um pouquinho do medo, e o paciente fica mais calmo na hora da consulta” afirma.

Em um supermercado, em seis meses, o produto se tornou líder na seção de aromatizadores. São 180 frascos vendidos por mês. “Por ser um produto novo, nos surpreendeu. Eu não esperava que teria o giro que esta tendo. É um produto que já tem cliente repetindo as compras, a gente percebe que já está andando sozinho esse produto”, ressalta o dono do supermercado Argeu de Souza. O fato de ser orgânico diferencia o aromatizador dos concorrentes, e estimula as vendas.

Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios - 31.01.2010.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ARTIGO: Programa de Prospecção de Novos Negócios da Origem Incubadora: uma estratégia para atrair projetos inovadores

Ana Cristina de Alvarenga Lage

Katiúscia Coelho de Sousa

O Programa

Objetivo: identificar e selecionar projetos de inovação com interessante potencial mercadológico, viabilizar seu desenvolvimento por meio da elaboração de estudos de viabilidade técnica, econômica e comercial (EVTEC) e disponibilizar a infraestrutura das Incubadoras para o desenvolvimento novo do negocio.

Material e métodos; O Programa foi desenvolvido nas seguintes etapas ao longo de 2007 e 2008:

  • Seminário de apresentação do Programa.
  • Inscrição dos projetos.
  • 1º Filtro: seleção dos projetos para o Workshop de Empreendedorismo e Inovação.
  • Workshop de Empreendedorismo e Inovação.
  • 2º Filtro: seleção dos projetos para a elaboração do EVTEC.
  • Elaboração do EVTEC: os projetos selecionados recebem apoio de consultores para a elaboração do EVTEC.

    O Desenvolvimento do Programa de Prospecção de Novos Negócios na Origem Incubadora.

No primeiro ano do Programa, 2007, ao lançar o Programa, a Incubadora recebeu três projetos que se adequavam a proposta. Estes três receberam apoio para elaboração dos EVTEC´s. São eles:

  • Recuperação das Cerâmicas Eu2O3 e Y2O3 a partir de monitores e tubos de televisão analógicos e recuperação de componentes eletrônicos a partir de sucata eletroeletrônica.
  • Kit de lipase Enzimática para determinação quantitativa de lípase em equipamentos de automação e Kit com todos os reagentes necessários para avaliação de água tipo II para uso em laboratórios clínicos.
  • Produção de Fitoterápicos

    Após a elaboração dos estudos e avaliação critica dos mesmos, apenas um dos projetos estava apto a ingressar na Incubadora, mas isso acabou não acontecendo.

No segundo ano, 2008, com uma proposta de prospecção mais ativa e apresentação do Programa de forma mais clara, com demonstração dos benefícios a comunidade acadêmica, empresários e comunidade em geral, a Incubadora recebeu a inscrição de seis bons projetos que foram apoiados com recursos do Programa para elaboração dos estudos de viabilidade:

  • Desenvolvimento de uma Linha de Cosméticos Orgânicos.
  • Dispositivo Rodo Protetor nos Chassis de Veículo Fora de Estrada.
  • “Ecobags” – Bolsas Inteligentes.
  • Plataforma Tecnológica e Educacional de Design de Gemas e Jóias e Artefatos Minerais.
  • Protetor de Filmes Radiológicos
  • Soluções em Geoprocessamento.

Após finalização dos estudos, os projetos apresentaram viabilidade e mostraram-se aptos a se desenvolver no ambiente da Incubadora. Decidiu-se então por utilizar o Programa de Prospecção de Novos Negócios como seleção para os novos projetos a serem apoiados pela Origem Incubadora.

Três empreendedores aceitaram o desafio e constituíram suas empresas. O projeto de desenvolvimento de uma linha de Cosméticos Orgânicos se constituiu como a Viver Cosméticos Ltda, o Projeto Dispositivo Rodo Protetor nos chassis de veículos fora de estrada como Rodoppens Rodo Protetor Ltda e o projeto Soluções em Geoprocessamento em Sinteligeo Serviços e Consultoria em Geoprocessamento Ltda.

Ao final dos dois anos do Programa de Prospecção de Novos Negócios a Origem se apresenta com três novas empresas incubadas. As três empresas participam atualmente do Programa PRIME no qual passaram para a terceira fase de seleção - proposta detalhada, na busca por recursos para desenvolvimento e consolidação de seus projetos.

Conclusão


O Programa de Prospecção de Novos Negócios apoiado pela FINEP proporcionou a Origem a alimentação de seu programa de incubação e a transformação de boas idéias em produtos, processos e serviços disponíveis ao mercado.

A implementação do Programa foi estratégico para o desenvolvimento da Origem Incubadora. O programa atingiu seu objetivo maior de seleção de projetos com potencial de mercado e fortaleceu o papel da incubadora de agente indutor de desenvolvimento local e consolidação de micro e pequenas empresas.

Como ser ou não ser, eis a questão

Como ser ou não ser, eis a questão

Guilherme Ari Plonski, presidente da Anprotec.

A recorrência de questões existenciais na vida dos indivíduos é saudável. Na literatura e nas artes, encontramos a sua expressão mais contundente.

Na genial peça de Shakespeare, Hamlet, príncipe da Dinamarca, inicia com a conhecida formulação ser ou não ser, eis a questão um longo monólogo sobre como lidar com as desventuras que provêm da (deusa romana) Fortuna.

Quando formuladas por pessoas jurídicas, elas são denominadas questões estratégicas. No âmbito privado, é exemplar a discussão sobre qual deve ser a missão de uma organização. Na esfera pública, essas questões enfocam o projeto desejável para o país ou região.

No presente limiar da segunda década do século 21, é oportuno cuidarmos de questão fundamental que vai além do que ser: como ser? Essa nova demanda se manifesta em três predicados essenciais para o avanço das sociedades em direção aos seus objetivos maiores.

O empreendedorismo, em suas variadas formas, é percebido como emblemático da desejável dinâmica de uma organização ou comunidade. A versão mais recente do Global Entrepreneurship Monitor propõe um diamante do desenvolvimento, cujas quatro facetas são o empreendedorismo, a liberdade econômica, a competitividade e o custo de fazer negócios.

Contudo, os resultados nacionais continuam mostrando não ser o empreendedorismo isoladamente capaz de alterar a trajetória de uma sociedade. A proporção da população entre 18 e 64 anos envolvida com empreendedorismo é significativamente menor em nações desenvolvidas. Ilustra o contraste a fração de 46% na Bolívia e de 8% na Alemanha.

Ademais, o empreendedorismo não deve ser valor absoluto, já que em anos recentes houve um crescimento notável de sua presença no crime organizado, terrorismo e o quarto setor. A inovação se consolidou na primeira década deste século como objeto de desejo de organizações e nações. Desde o estudo pioneiro de Robert Solow em 1957, levantamentos sucessivos evidenciam os benefícios tangíveis da inovação para a competitividade de empresas e para a riqueza de regiões e nações.

Entretanto, levantam-se vozes alertando para os riscos da inovação desenfreada. Assim, o jornal Financial Times publicou, em 13/10/2008, artigo sobre a crise financeira com o título Um sistema oprimido pela inovação.

A sustentabilidade é o predicado emergente. Em que pese a frustração decorrente dos resultados parcos da reunião de Copenhague, ela tende a se estender mais além dos movimentos sociais, afirmando-se como um dos eixos estruturantes nos setores privado e público. E, à semelhança dos outros dois, será crescentemente entendida de forma abrangente, compreendendo além da ambiental, também as dimensões econômica, social e cultural.

Empreendedorismo, inovação e sustentabilidade são componentes relevantes da resposta ao como ser. A sua efetividade aumenta substancialmente ao promovê-las de forma integrada: empreendedorismo e inovação constituem as duas faces da moeda do desenvolvimento, já a sustentabilidade contribui para que se ganhe e aplique de forma válida.

Como ser ou não ser, Eis a solução!

Fonte: Brasil Econômico