terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A Origem Incubadora realiza cerimônia de graduação de empresas incubadas


A Origem Incubadora graduou na quarta-feira, 12 de dezembro, as empresas Agência Vista, Infogeo- Inteligência Geográfica, Viverdí Cosméticos e V Mídia Soluções Digital.

Por cerca de 3 (três) anos as empresas receberam da Origem Incubadora apoio técnico, gerencial  e infra estrutura para o desenvolvimento de seus empreendimentos, considerando os cinco eixos do negócio, conforme propõe o programa de Incubação: tecnologia, gestão, finanças, mercado e empreendedor.

De acordo com os empresários, a fase de incubação foi extremamente importante para o amadurecimento e fortalecimento de seus negócios. “O acompanhamento da incubadora permitiu o conhecimento profundo da gestão da empresa e a definição de estratégias para se estabelecer no mercado”.

As empresas que agora passam a ser associadas à Origem deixam o espaço para que novos projetos possam receber o apoio da Incubadora. Um novo edital de incubação está previsto para o início de 2013.
Durante a graduação foram conhecidas as três melhores propostas do Programa Jornada de Ideias.

Lançado em outubro de 2012, o programa reuniu aproximadamente 150 jovens universitários na apresentação de suas ideias propostas para solucionar os diversos incômodos da sociedade.

As três propostas mais inovadoras, selecionadas pela Comissão Julgadora do Programa, foram premiadas com equipamentos e participação numa missão Técnica realizada com o apoio do SEBRAE/MG.

A Jornada de Ideias é uma realização da Origem Incubadora, Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Itabira – INDESI e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia,
Inovação e Turismo através do seu Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação – DCT&I, tornam público a Jornada de Ideias.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Origem Incubadora realiza Cerimônia de Graduação de empresas


A Origem Incubadora realizará no dia 12 de dezembro de 2012 a cerimônia de graduação das empresas incubadas Sinteligeo Serviços e Consultoria em Geoprocessamento Ltda, Viver Cosméticos Ltda, V Mídia Soluções Digitais e V3 Comunicação Ltda.
Também nessa data, premiará os ganhadores das três melhores ideias do projeto Jornada de Ideias.



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Origem Incubadora promove o 5º Seminário de Empreendedorismo de Itabira - SEI


A Origem Incubadora realizou, entre os dias 12 e 14 de novembro, o 5º Seminário de Empreendedorismo de Itabira – SEI, em parceria com a UP Consultoria Junior da Unifei – Campus Itabira e com o apoio do Centro Vocacional Tecnológico - CVT Itabira. 


A programação da 5ª edição do SEI, que esteve entre as atividades da Semana Global do Empreendedorismo, reuniu dezenas de jovens e empreendedores com o objetivo de despertar e fortalecer o espirito empreendedor.

O 1º dia de atividades contou com a participação do engenheiro Bernardo Vasconcellos de Carvalho, co-fundador da empresa Peixe Urbano Delivery e Mútuos Inteligência, que ministrou a palestra "Experiências e Vivências de um Jovem Empreendedor".

O segundo dia apresentou o Painel Casos de Sucesso onde os jovens empreendedores itabiranos: Kelly Eleto, diretora geral do grupo DeFato, os diretores da WS Comunicação Junior Sana e Wanyson Barcelos, o sócio-diretor da Agência Vista, Anderson Lopes e Cecilia Guerra e a sócia-proprietária do Celebrité Cerimonial e Eventos expuseram sua trajetória como empreendedores a frente de suas empresas.

Para encerramento das atividades do SEI, Wilson Caldeira, pós-graduado em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas e em Gestão pela FDC, apresentou o mini-curso Business Model Canvas.

O evento contou com o apoio e participação da Unifei-Itabira e cursos de Administração da Universidade Presidente Antônio Carlos – Unipac Itabira.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Empresa perdeu quase todos os funcionários, mas usou o otimismo para superar os problemas


ClearSale perdeu quase todos os funcionários, mas soube dar a volta por cima e hoje fatura R$ 29 milhões por ano



Antes de abrir a ClearSale, empresa de autenticação de compras virtuais fundada em 2001, o empresário Pedro Chiamulera foi atleta olímpico – disputou provas de 100 e 400 metros com barreiras nos jogos de Barcelona e Atlanta. “Com o esporte, aprendi que o resultado depende unicamente do meu esforço. O resto é desculpa”, garante.

É por isso que Chiamulera, formado em ciências da computação, não dá bola para adversidades. É um otimista nato e o modelo de negócio de sua empresa nada mais é do que a materialização desse otimismo.
Enquanto os concorrentes partem do pressuposto de que todo consumidor na internet pode ser um potencial fraudador, a ClearSale procura seguir a lógica inversa. “Nós acreditamos que a maioria é boa, assim, nosso foco é aprovar as compras dos bons compradores”, explica Pedro Chiamulera.

Ao adotar essa postura, a ClearSale consegue liberar as transações autênticas rapidamente e impede que as lojas online percam vendas, além de evitar o constrangimento de clientes idôneos. Graças a sua ampla base de dados (fornecida pelos próprios varejistas) e a um sistema inteligente de análise das informações fornecidas, o procedimento acarreta redução das fraudes nas transações.

Os resultados positivos fizeram a ClearSale conquistar a confiança das maiores lojas virtuais do País. Dessa maneira, o faturamento pulou de R$ 1 milhão em 2007 para R$ 29 milhões durante o ano passado.Mas nem sempre foi fácil manter o otimismo. Durante anos, a empresa só patinou. Construía todo tipo de software e contratava mão de obra barata para praticar preços baixos. Em alguns meses, faturou apenas R$ 600. Seu pior momento foi em 2005: com o mercado de tecnologia aquecido, 23 dos 25 funcionários receberam propostas de trabalho e pediram demissão.

Chiamulera não esmoreceu. E atualmente até acha que a debandada de empregados teve seu lado positivo. “Quando todo mundo foi embora, restaram apenas os funcionários que cuidavam de um projeto de combate à fraudes”, conta. “Agarramos esse bote e isso nos deu um foco.”

Na nova fase, a atuação de Bernardo Lustosa, hoje sócio do negócio, mostrou-se decisiva. Ele é autor do modelo estatístico de combate à fraudes e funciona como uma espécie de contraponto à personalidade de Chiamulera: enquanto o ex-atleta exerce sua criatividade, Lustosa trata da gestão do empreendimento.
A união dos sócios, na verdade, deu sustentação ao projeto da ClearSale e permitiu sua reconstrução. “Passamos a questionar as nossas próprias motivações para seguir adiante. Isso nos mostrou que era importante também questionar a motivação dos outros”, conta Chiamulera.

Hoje, a pergunta ‘Qual é o seu tesão?’ é a primeira feita a quem for contratado pela ClearSale. “A empresa precisa se encaixar nos projetos pessoais de nossos funcionários. Eles devem ficar conosco porque isso faz sentido para suas vidas, e não apenas por dinheiro”, diz Chiamulera.

Ao motivar os empregados com diversos tipos de treinamentos e dar oportunidades de ascensão na empresa, a ClearSale consegue reter 350 profissionais em seus quadros. “Este número o Pedro gosta de ver crescer”, conta Lustosa. “Quando falo do faturamento, ele nem se empolga.”

Fonte: Estadão PME

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Jornada de Ideias: Baixe o regulamento e o formulário de inscrição

Fique por dentro de tudo o que está acontecendo no universo do programa Jornada de Ideias. 

Para baixar o Formulário de inscrição clique aqui.

E para saber como funciona o programa, basta baixar o Regulamento, clicando aqui.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Programa Jornada de Ideias é lançado em grande estilo

A Origem Incubadora, o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Itabira – Indesi e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Inovação e Turismo de Itabira lançaram nesta quinta-feira 18, o Projeto Jornada de Ideias. O primeiro encontro do projeto, intitulado Encontro de Oportunidades, reuniu universitários para apresentação do projeto e um momento de interação.



Num ambiente descontraído e atrativo, o Encontro foi marcado por boa música, momentos de entretenimento e interação entre os jovens universitários. A primeira atividade da programação foi o Word Café, que envolveu os participantes em discussões voltadas para os problemas da sociedade e também a busca de soluções e oportunidades que pudessem resolver tais problemas.



A condução da dinâmica foi realizada pela Coordenadora da Origem Incubadora Ana Cristina de Alvarenga Lage, que conduziu as discussões de forma dinâmica e atrativa, fazendo com que os universitários levantassem seus principais incômodos e quais as soluções.
 


Logo em seguida foi a vez de da Chefe de Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação da Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Inovação e Turismo de Itabira Joana Camilo fazer a apresentação do Projeto Jornada de Ideias.


A Jornada de Ideias é um programa de formação de jovens líderes para fomentar soluções criativas frente aos problemas atuais da sociedade, estimulando o empreendedorismo e a liderança. O programa poderá ser acompanhado através da página do Jornada de Ideias no Facebook, aonde os interessados em participar do programa poderão ter acesso ao regulamento e ao formulário de inscrição.

As áreas exploradas pelo Jornada de Ideias são: Novos Produtos, Economia Criativa, Negócios Sociais e Outras Ideias, que acompanhando as tendências de comportamento, traz como metodologia desenvolvimento de ideias e cocriação.

Mais informações sobre como funciona o programa Jornada de Ideias no Facebook ou no blog da Origem Incubadora origemincubadora.blogspot.com.br. 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Ouça o chamado do empreendedorismo



Marcos Hashimoto*

Acredito que todos nós nascemos empreendedores, e que cada um de nós passa por circunstâncias na vida que podem fazer nosso lado empreendedor se manifestar. Estas circunstâncias podem ter as mais diversas naturezas, são os ‘chamados’ para empreender. Pode ser um curso que você fez, pode ser um amigo que o influenciou, pode ser um trabalho bem feito, os ‘chamados’ surgem de qualquer lugar. Muitas vezes nem notamos, outras vezes não seguimos. Mas, às vezes, é tão forte que não conseguimos ignorar. Para Jorge, este chamado foi uma ideia. Ela surgiu durante o seu trabalho, como se fosse uma anunciação divina. No começo, só um insight, uma semente, uma possibilidade remota que aos poucos foi crescendo, se tornando mais clara, até que ele não conseguia mais dormir, era só a ideia que ocupava sua mente, cada vez com mais detalhes, cada vez mais clara. Quanto mais evidente e óbvia, maior era sua ansiedade e seu desejo de torná-la realidade. 

Só que Jorge era um lixeiro, sem ter sequer completado o ensino médio, sem dinheiro, sem nenhuma influência familiar para ser algo grande na vida. Para ele, sua vida se resumia a acordar às 8 da noite, jantar, ir para o trabalho e passar a madrugada recolhendo lixo nas ruas, para depois voltar para casa, brincar com o filho pequeno, almoçar e voltar a dormir. Tinha um salário para viver uma vida simples e humilde e não tinha nenhuma aspiração de carreira. A ideia surgiu numa noite, quando prestou um pouco mais de atenção ao seu mecânico trabalho de coleta de lixo. Era um processo simples, quase todo automatizado. Em algumas cidades, o sistema de coleta de lixo funciona da seguinte maneira: em cada quarteirão existe uma grande caixa de plástico, com tampa e dotado de rodinhas, na rua, encostada no meio-fio. Para jogar o lixo, as pessoas vão até esta caixa, abrem a tampa e depositam seus sacos de lixo lá dentro. De madrugada, os caminhões passam pelas ruas e param ao lado de cada uma destas caixas. O lixeiro só tem o trabalho de empurrar a caixa para conectar a um dispositivo na traseira do caminhão, quando então este dispositivo é acionado, levanta e vira a caixa para que a tampa se abra e todo o conteúdo escorregue para dentro do caminhão. Depois de vazia, a caixa volta à situação inicial, o lixeiro a destrava e a recoloca no seu lugar na rua. Em seguida, o caminhão se dirige ao próximo quarteirão e todo o processo se reinicia.

As semanas se passavam e Jorge já não aguentava mais aquela ideia martelando a sua cabeça, cada dia mais forte, mais insistente, mais cheia de detalhes que o convenciam que a ideia era boa. Pois uma noite, ele teve coragem e humildemente pediu ao seu supervisor para autorizá-lo a sair naquela noite com uma caixa vazia já conectada ao caminhão. Não se sabe porque o supervisor de Jorge autorizou aquela mudança de procedimento, até porque Jorge nem sabia explicar o que queria fazer. Quando chegou ao primeiro quarteirão, ele destravou a caixa vazia, colocou-a no lugar da caixa cheia e conectou a caixa cheia no dispositivo. Então, mandou o motorista seguir e enquanto o caminhão se movimentava ele acionou o dispositivo para esvaziar a caixa. Ao chegar ao quarteirão seguinte, a caixa já havia sido esvaziada e Jorge então troca novamente a caixa para reiniciar todo o ciclo. A simples ideia de Jorge de usar o mesmo tempo de esvaziamento da caixa para o deslocamento do caminhão fez sua equipe encerrar o trabalho todo na metade do tempo que os outros colegas normalmente levam. Logo sua ideia foi implantada em todas as equipes de coleta e Jorge ganhou um aumento no salário.

Não sei o que aconteceu depois com Jorge. Talvez tenha ficado muito orgulhoso, mas não tenha feito mais nada diferente depois. Pode ser que aquela primeira experiência o estimulou a trazer novas ideias para a empresa. Pode ser que tenha se tornado um empreendedor no setor de serviços públicos. Só sei que ele resolveu ouvir o chamado e não se arrependeu. E você, está ouvindo o chamado do empreendedorismo? Se já for empreendedor, tem valorizado os intraempreendedores da sua equipe?


* Marcos Hashimoto é doutor em Administração pela EAESP-FGV. Sócio-fundador e tesoureiro da Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Pequenas Empresas.


 Fonte: Endeavor Brasil.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Câmara analisa projeto de lei que reduz tempo de abertura de empresas

A proposta do projeto de lei (PL) nº 3.687/2012 é alterar o art. 37 da Lei 8.934/1994, que trata do registro público das empresas mercantis, e o art. 37 da Lei nº 9.250/1995, que autoriza a Receita Federal a celebrar convênios com os estados, Distrito Federal e municípios para obter cadastro único dos contribuintes, em substituição aos cadastros federais, estaduais e municipais.

De acordo com a Agência Câmara de Notícias, o texto autoriza a Receita Federal a firmar convênios com os conselhos regionais de contabilidade para criar um banco de dados de contabilistas. A ideia é que esses profissionais fiquem habilitados a inscrever empresas por meio eletrônico, sem uso de papel, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e no cadastro único de contribuintes.

Contabilistas poderão formalizar a abertura por meio eletrônico

Para ser possível autorizar os contabilistas a efetuarem a abertura da empresa por meio eletrônico sem o uso de papel será necessário assinatura digital, o contabilista ficará responsável por todas as informações prestadas.

Dessa forma, quando solicitado pela fiscalização, deverá comprovar por meio de documentação idônea os dados apresentados na abertura da empresa sem envio de documentação em papel. Atualmente é necessário enviar vários documentos em papel para comprovar a inscrição da empresa, como, por exemplo, cópia do contrato social ou estatuto. 

Essa possibilidade também é estendida para os eventos de transformação, incorporação, cisão e fusão, bem como alteração do capital social.

Outra questão são as certidões negativas dos entes federativos relativas aos sócios ou acionistas para abertura da empresa, que, de uma foram geral, são negativadas, ou seja, não apresentam débitos contra essas pessoas.

Contudo, enquanto tal pesquisa deveria ser feita pelo próprio ente federativo que está concedendo a inscrição, pois ele é possuidor desse banco de dados, efetuando simplesmente cruzamentos de informações através do CPF do contribuinte sócio da empresa que se pretende abrir, a não existência de débitos deve ser comprovada pelo sócio ou acionista.

Encerramento de empresas também poderá ficar mais ágil

O referido projeto também possibilita a ampliação de alternativas para envio de documentos quanto do encerramento de empresas.

Cabe lembrar que o Brasil é um dos países que mais tempo leva para abrir e encerrar uma empresa -- em média 120 dias --, isso devido à burocracia administrativa imposta pelos entes federativos.

O projeto está em tramitação em caráter conclusivo nas Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, de Finanças e Tributação, de Constituição e Justiça e de Cidadania.



Fonte: Economia Uol.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O “lado negro” do empreendedor

Leia matéria completa no link abaixo.

O “lado negro” do empreendedor

Fonte: PEGN online

O QUE AS EMPRESAS PODEM FAZER PARA INOVAR MAIS



O PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS CONTA COMO ESTÁ AJUDANDO AS EMPRESAS A CRIAREM PRODUTOS E SOLUÇÕES INOVADORAS PARA OS NEGÓCIOS E PARA A SOCIEDADE


O Brasil está aos poucos deixando de ser um mero coadjuvante no setor de tecnologia para se tornar protagonista. “No passado não nos preocupávamos em desenvolver a tecnologia, porque comprávamos as que julgávamos melhores. Hoje temos empresas no Brasil apostando no futuro”, afirma Fernando Landgraf, presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Como exemplos ele cita a Vale, a Petrobras e o Grupo Ultra, que junto com o IPT estão desenvolvendo um projeto de gaseificação de biomassa no valor aproximado de R$ 80 milhões. A ideia é transformar o bagaço e a palha da cana em combustível e aumentar em até 60% o rendimento da cana. Ninguém no planeta utiliza comercialmente essa tecnologia. O Brasil pode ser pioneiro porque, além de estar focado no desenvolvimento da tecnologia, tem uma grande concentração de cana em seu território.

Esse é o maior projeto do IPT em termos financeiros dentre as 170 pesquisas em andamento. “Precisamos apostar em muitas tecnologias, porque não sabemos quais serão as melhores daqui a 10 anos”, afirma Fernando Landgraf, presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Para aprimorar os estudos, o instituto, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, inaugurou no dia 27 de agosto o primeiro laboratório de bionanotecnologia da América Latina, chamado de Laboratório de Bionanomanufatura, um investimento de R$ 46 milhões.

Além das apostas para o futuro, o instituto também já vem desenvolvendo e testando tecnologias que fazem parte do dia a dia do brasileiro. O sistema Sem Parar é um exemplo. O IPT criou uma “tag” que permite passar pelas cancelas de pedágios e estacionamentos de shoppings sem parar. Ele também testou o desempenho dos radares de velocidade na cidade de São Paulo e é responsável por indicar maneiras de lavar a roupa nas máquinas de lavar. Para descobrir as melhores formas, ele possui máquinas giratórias que testam por horas as lavagens dos tecidos.

O IPT também testou a resistência do concreto, em 1913, do que foi considerado na época o primeiro “arranha-céu” do Brasil, o edifício Guinle, com sete andares e 36 metros de altura. O que existia até então eram basicamente casas com alguns andares de madeira. Até hoje o Instituto guarda pedaços de concretos de prédios para estudá-los e verificar se os arranha-céus centenários estão em boas condições.
Para descobrir mais projetos e como as empresas estão inovando e podem inovar,Época NEGÓCIOS conversou com Landgraf. Confira a entrevista:

Qual é o principal projeto do IPT?

O de gaseificação da biomassa, com a Vale, a Petrobras e Oxiteno, do Grupo Ultra. É um projeto de R$ 80 milhões para montar uma planta piloto de gaseificação em Piracicaba, em parceria com a Esalq [Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP)]. É uma rota para aproveitar melhor o bagaço da cana e transformá-lo em combustível. Imaginamos que em 2020, 140 novas usinas serão montadas com o crescimento da indústria sucroalcooleira. Queremos disputar essas 140 usinas e saber se essa tecnologia será viável economicamente. 


Ela é muito mais cara?

Ela tem um custo de investimento. Hoje esse custo está muito alto. Precisaríamos diminuir o custo de investimento pela metade. Essa tecnologia ainda nem existe, ninguém a usa comercialmente no planeta. Podemos ser pioneiros nessa tecnologia porque temos a cana que ninguém tem. Ninguém tem essa quantidade de biomassa que temos concentrada em um lugar. Temos que aproveitar as várias formas de gerar energia. Há 20 anos, só fazíamos energia hidráulica.

Seria uma solução para o setor elétrico? O que futuramente isso vai trazer de benefício para o Brasil? 
É um leque de tecnologias. Também temos a solar, a eólica e a biomassa. Temos que ver quais são as mais viáveis. Precisamos apostar em muitas, porque não sabemos quais serão as melhores daqui a 10 anos. Na Independência do Brasil não usávamos energia a vapor, a energia era praticamente animal e hidráulica. Uma coisa importante é que até muito recentemente não tínhamos essa preocupação. Antes comprávamos a melhor tecnologia disponível. Os outros desenvolviam e nós comprávamos. O Brasil chegou a um ponto em sua economia em que é importante as empresas apostarem no futuro e desenvolverem tecnologias que iremos buscar daqui a pouco. Isso já está acontecendo.


Qual outro projeto o IPT faz com empresas que pode esquentar a economia?

Temos uma parceria com a Minas Ligas, uma empresa que produz silício, que é um material usado na célula solar [converte luz solar em energia elétrica]. O Brasil produz uma quantidade grande silício, mas com pureza de 99%, que é baixa. Para a célula solar é preciso de um silício com 99,999999%. O silício que o Brasil vende custa US$ 3. Com esse silício de seis noves depois da vírgula, o silício passa a valer US$ 30. A Minas Ligas quer entrar nesse mercado que cresceu 100 vezes nos últimos dez anos. Para isso, ela tem o apoio do FUNTEC [Fundo Tecnológico], onde o BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento] banca 80% do total do projeto, que está na ordem de R$ 10 milhões.


Como as empresas podem formar parceria com o IPT?

É bastante simples. Temos que definir qual é a ideia e o que se quer desenvolver. Elaborar uma meta técnica clara e definir qual propriedade desenvolveremos. Depois disso, vamos juntos buscar as fontes de financiamento para o projeto. Nessa hora, é bastante importante também discutir a propriedade intelectual. A empresa está colocando uma parte do dinheiro, então ela tem direito, mas não é a única proprietária. Só quando o dinheiro é apenas da empresa. Quando há financiamento, o IPT também será dono de parte da propriedade intelectual, assim como o governo. É preciso ter um acordo entre a empresa, o IPT e o BNDES. Também ajudamos pequenas e médias empresas a exportar produtos com o PROGEX [Programa de Apoio Tecnológico à Exportação]. Auxiliamos as companhias a superar as dificuldades de exportação, passando pelas normas do país que ele está querendo exportar. Estamos agora tentando descobrir como mostrar o impacto econômico que o IPT gera para essas empresas. Quando a empresa compra o trabalho do IPT, esse trabalho gera um valor para a sociedade, então o nosso desafio é saber como calcular esse valor.


Quais projetos já estão sendo feitos no laboratório de bionanomanufatura inaugurado no final de agosto?

Logo após a inauguração fomos procurados por 30 empresas para fazer inovação. Um grupo grande do setor de cosméticos é um deles. A história das nanopartículas, usadas nos cosméticos, é um assunto muito quente [produtos com nanopartículas poderiam penetrar com mais eficácia na pele e no cabelo]. Além dos cosméticos tem o lado farmacêutico. Imagine que você tomou um remédio e quer que ele aja no intestino. Ele vai ter de atravessar o nosso estômago, que é muito ácido. O fármaco pode ser atacado pelo estômago, fazer mal. Se você encapsula o princípio ativo com uma substância que consiga sobreviver aos ácidos do estômago, esse fármaco vai chegar em maior quantidade e melhor estado no local em que você quer que ele aja. Hoje já existem remédios em que você coloca revestimento na pílula. A diferença é fazer isso nas partes nanoscópicas. Essas pequenas partes são mais finas que um pó de talco. Você reveste cada uma dessas partículas com uma substância protetora. Os nossos pesquisadores também querem mexer na superfície da partícula, ou seja, mudar as características químicas dela. Ela pode ser hidrofílica, gostar de água, ou hidrofóbica, que repele a água. Por exemplo, a vitamina B12 é hidrofílica e o hormônio de progesterona é hidrofóbico. O processo funciona para que os medicamentos consigam agir em determinadas regiões do corpo para tratamento de doenças e para a estética. 


Alguns especialistas dizem que com a bionanotecnologia poderíamos criar vida a partir do nada. Seria possível isso no laboratório? 

Não somos um centro de ciência, mas sim de tecnologia. É a ciência que pensa no futuro daqui a 50 anos, a tecnologia pensa daqui a 10 anos.


No mundo já existem 600 produtos de nanomateriais. Vamos criar novos produtos com nanomaterial? Já temos projetos?

Não podemos falar sobre isso porque todas as 30 empresas começaram a negociação e precisamos guardar sigilo. Posso comentar um projeto interno, que o IPT produz com recursos próprios. Um fármaco para melhor acondicionar o coquetel que os pacientes de HIV tomam. O objetivo é fazer com que eles tenham menos efeitos colaterais. Queremos diminuir a quantidade de remédios que a pessoa precisa tomar. Hoje, o paciente toma remédio e rapidamente ele é transformado pelo intestino e vai para o sangue. Essa quantidade grande que se coloca no sangue é que pode dar problema. Quando você microencapsula, aumenta o tempo necessário para as partículas se dissolverem no intestino e irem para o sangue. Não existe um pico, uma quantidade grande. Não fica tão agressivo. 


Como o laboratório do IPT está em relação aos outros laboratórios do mundo?

Do ponto de vista da ciência, os laboratórios científicos no Brasil estão avançados. Mas o nosso foco é tecnologia, então o foco é diferente. Os fármacos, até chegarem ao mercado, demoram cinco anos ou mais. É uma novidade para o Brasil e estamos passando por esse processo de licenciamento. A nossa ciência está avançada, mas a tecnologia não está. Nossa referência, nesse ponto de vista, é o ITRI [Industrial Technology Research Institute], um instituto de Taiwan.


O que precisa ser feito para melhorar?

Mais empresas precisam fazer desenvolvimentos que resultem em inovação no Brasil. O IPT tem ao todo 170 projetos em andamento, 53 internos e 117 em parceria com empresas. Para incentivar as empresas a inovarem, mapeamos os que elas estão fazendo e oferecemos serviços. Fizemos um trabalho a respeito da distribuição das chuvas na região metropolitana onde o nosso foco era descobrir como a qualidade da água é afetada com as chuvas. O nosso objetivo é vender o projeto para a Sabesp. O nosso solo já tem algumas contaminações, então chove e a água das chuvas leva isso para o lençol freático e para os reservatórios. Depois da chuva, quanto tempo demora para que os contaminantes apareçam na Billings ou na Guarapiranga e o que a Sabesp precisa fazer para limpar a água?


E em relação às enchentes?

Fazemos um trabalho com a prevenção de danos de escorregamento nas áreas de risco. Vídeos sobre como não fazer construções erradas. Muitos pesquisadores do IPT foram treinados no Japão nessa área de riscos ambientais. Tem muito a ver com o fato de educar as pessoas. O IPT também faz tecnologia social. Nem todas as nossas soluções são tecnologias “duras”, onde inventamos equipamentos novos, também temos uma área que trabalha com a tecnologia de convencer a população a evitar o risco, a ter um comportamento que reduza o risco.


E qual foi a atuação do IPT em tecnologias que hoje fazem parte do dia a dia do brasileiro? 

O IPT tem 400 pesquisadores, dentre eles engenheiros, geólogos e geógrafos, e 4 mil clientes. Somos um ‘shopping center’ de lojas vendendo produtos diferentes. O Orçamento de 2011 foi de R$ 130 milhões, sendo que R$ 90 milhões vieram das empresas com a venda de serviços e R$ 50 milhões de dotação do governo. Muitas pessoas nos conhecem por medir coisas. Medimos a qualidade dos coletores solares, a massa, o comprimento, a vazão. Por exemplo, todos os medidores de gás da Comgás são calibrados no IPT. Estamos ajudando o governo e as empresas a conter a sujeira das obras do anel viário sul. Evitamos que a sujeira das obras chegue aos mananciais. O nosso trabalho também é voltado à mobilidade, ao RFID [Identificação por radiofreqüência]. Um exemplo disso é o Sem Parar, que transmite a informação do carro para o pedágio e pode proteger o usuário de roubo. Apoiamos o Governo do Estado no sentido de recolher o imposto do pedágio.


E para melhorar o trânsito?

Essas informações do pedágio são enviadas para essas áreas do governo que controlam o fluxo dos veículos e podem buscar formas de minimizar os grandes congestionamentos em tempo real. Imagine que todas as rodovias de São Paulo têm os seus pedágios e essas informações são transmitidas em tempo real para a Artesp [Agência Reguladora dos Transportes do Estado de São Paulo]. 


E o que pode ser feito com essas informações?

As informações recebidas nos painéis ajudam a redirecionar o trânsito. Se ocorreu um acidente na Anhanguera e começou a se formar um congestionamento, é possível enviar informações e redirecionar o trânsito. Estamos estudando de que maneira a informatização pode melhorar o trânsito nas metrópoles com equipes da China e da Alemanha. O objetivo é saber como lidar com essa massa de informações. Imagine juntar a informação do metrô com as informações de trânsito para monitorar e administrar em tempo real como está o movimento das pessoas na metrópole. Imagine integrar o metrô, a CPTM e outros transportes. Como remunerar essas empresas com um bilhete único? Hoje, as pessoas compram um bilhete que serve para vários transportes, mas como é distribuído esse dinheiro? Atualmente é feito na base da estatística. As empresas fazem pesquisas para saber a quantidade de pessoas em cada transporte e pagam a partir dessa análise. Não existe um sistema para fazer esse pagamento.

Seu plano de negócios está errado, mesmo assim ele é fundamental.


Planos de negócios são todos errados. Isso é um paradoxo, já que planejamento é vital.


Planejamento significa começar com um plano e acompanhá-lo, revisar o progresso, conferir o plano vs. resultados, corrigir o caminho sem perder de vista o objetivo de longo prazo. Planejamento é um processo, assim como caminhar ou dirigir, que envolve correções constantes.


O plano estabelece uma referência. Sem isso não temos como conferir onde erramos, em qual direção, quando e o quais premissas estavam erradas.


Use essa referência para gerenciar os conflitos entre os problemas de curto prazo e as metas de longo prazo. Você não simplesmente executa um plano, você trabalha aquele plano. Use-o para manter sua visão sobre seu progresso, enquanto cuida dos problemas do dia-a-dia, apagando incêndios.


Tudo bem que o plano esteja errado, mas o processo de planejamento é fundamental.

Fonte: Empreendemia

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Nas eleições que cidade você quer para seu negócio? Que cidade queremos ter?


Empreendedores precisam se organizar para pedir medidas de desenvolvimento à próxima administração

Por André Martins*

O tema das eleições municipais não poderia faltar na coluna. Não para falar de política partidária, mas da política que pode fazer de São Paulo uma cidade capaz de promover e apoiar o empreendedorismo e a inovação. 

Como os empreendedores da cidade de São Paulo se sentem quando vão abrir um comércio na rua, um escritório de serviços, uma pequena fábrica, uma empresa de tecnologia etc.? São encarados como “inimigos” do município. Isso não é uma política desta ou de outra administração. É uma política vigente há muito tempo em nossa cidade. 

O que queremos do próximo prefeito? Queremos atenção àqueles que promovem a geração de empregos e de desenvolvimento e pagam impostos para a cidade. Para isso, o próximo prefeito tem que inovar, ser ousado e tirar a burocracia municipal da atual zona de conforto. Precisa adotar uma política que possa deixar claras as regras, e que sejam poucas regras, para os novos negócios na cidade. Regras claras exigem, além da vontade do prefeito, gestores públicos capazes e com ferramentas para atuar. Existem institutos especializados em melhorar a gestão pública com objetivo de ganhar a eficiência necessária para promover um movimento de geração de novas empresas na principal cidade da América Latina. 

Uma licença pode demorar alguns anos para ser obtida (você, empreendedor, sabe bem disso), o que faz com que parte dos negócios fique na informalidade, alimentando o círculo vicioso que não gera estatística positiva, não emprega mão de obra formal, não recolhe tributos etc. Para refletirmos, e até mesmo cobrar do próximo prefeito, penso em uma medida para acelerar as autorizações de funcionamento das empresas. Isso traria segurança jurídica e estimularia a formalização dos negócios. O município precisa ter como princípio atrair as empresas formais, não espantá-las. Um dos grandes problemas é enfrentar a máquina instalada para fiscalizar, onde se fixam alguns maus servidores e, consequentemente, cria-se um terreno propício para a corrupção. 

Outro ponto é estimular centros de informática a se tornarem centros de startups. Existe um projeto desse tipo em andamento, gerido pelo empreendedor Marcelo Pimenta, com o objetivo de transformar lan houses em incubadoras. Esses centros poderiam ser incentivados a ocupar as áreas de maior densidade residencial – assim tratando também de um segundo (e grave) problema, a mobilidade. Se as pessoas puderem trabalhar perto de suas residências, diminuiremos significativamente os deslocamentos e consequentemente o trânsito. 

Também desejável seria a promoção de eventos de intercâmbio cultural com cidades e países que já implantaram áreas de desenvolvimento de novas empresas. Ou ainda a criação de uma secretaria que tivesse como missão abrir a cidade para as oportunidades de investimento entre o público e o privado, focada nas micro e pequenas empresas. 

Tenho certeza de que você já teve ou já ouviu muitas outras ideias. Não vou me alongar, mas concluir com um chamado. Podemos fazer política sem sermos políticos. Basta que cobremos que os políticos façam aquilo que achamos correto. Para isso devemos nos organizar e encaminhar nossos motivos e avaliações ao poder público. A cidade, a política e todos nós ganharemos muito com uma sociedade organizada. 

* André Martins é presidente da VB Serviços e do JLIDE e sócio do Ponto de Contato e Filmland


Fonte: PEGN online. 


Lendo os resultados: quando menos é mais

Avaliar cuidadosamente os resultados pode fazer a diferença, pois um retorno maior nem sempre é a melhor opção.

Pode parecer ir contra o bom senso, mas, ao avaliar os resultados de testes de mercado, às vezes menos é mais. Como frequentemente nos concentramos no número relativo de vendas produzidas por estratégias de teste concorrentes, é possível negligenciar o fato de que, às vezes, o que parece ser o ‘vencedor’ em uma matriz de teste é, na realidade, o ‘perdedor’, do ponto de vista do lucro.

Isso é especialmente verdadeiro quando decidimos usar ofertas de incentivo em que o custo do incentivo não se auto-liquida: um relógio no valor de R$100, que custou a você R$ 25, e você “dá” ao cliente pela aquisição do produto principal por apenas R$ 25, é auto-liquidável. Por outro lado, se você oferecê-lo de graça, isso te custaria R$ 25.

Alguns anos atrás,  fizemos um teste para um clube de música. Para incentivar as pessoas a participarem do clube e aceitarem comprar mais 6 CDs pelo preço padrão,  testamos várias ofertas iniciais de incentivo. Como inserimos as ofertas divididas entre várias publicações, cada cliente potencial viu apenas uma oferta e, portanto, não poderia compará-las. Se ele fosse atraído pela oferta, ele aderiria ao clube. Se esta não tivesse apelo, ele a ignoraria.

Digamos que cada CD, na oferta inicial, tinha um custo real para o clube de R$2,90. Eis quatro dos testes promocionais:

• 3 CDs por R$14,95
• 4 CDs por R$19,96
• 5 CDs por R$19,95
• 5 CDs por R$23,95

Como esperado, mais pessoas (2,8% da amostra da distribuição promocional dessa oferta) foram atraídas pela opção de 5 CDs por R$ 19,95 do que pela outra oferta com 5 CDs por R$ 23,95, que ficou em segundo lugar com 2,71%, e 4 CDS por R$ 19,96 em terceiro com 2,67%.

O jeito fácil de observar os resultados levaria a lançar a oferta de 5 CDs por R$19,95 – que atraiu a maioria dos novos membros do clube – e dar risada a caminho do banco. Mas isso teria sido um grande engano.
Eis o porquê. Quando examinamos os números com cuidado, descobrimos que, em uma “Base de Custo por Membro” (que inclui o custo não recuperado dos discos de incentivo), a oferta de menor custo por membro foi, na realidade, 3 CDs por R$ 14,95 com um custo por associado de apenas R$13,70. Esta oferta não estava nem entre as três vencedoras em termos percentuais. Como pode ser isso?

Simples. Ou assim parecia no início do processo.




Evitando uma análise mais aprofundada e optando pelo custo mais baixo por associado, nós escolheríamos a opção de 3 CDS por R$14,95. Mas, assim como selecionar a oferta de 5 CDs por R$19,95 porque teve a maior resposta percentual, isso teria sido um erro, pois estaríamos considerando apenas o custo por associado.

Eis aqui o que revelou uma análise mais aprofundada.







Como podemos observar, embora 3 CDs por R$14,95 tivesse o custo mais baixo (R$15,29) e o maior benefício final (R$ 20,71) por associado, a resposta porcentual relativamente baixa significou um número mais baixo de associados do que qualquer uma das outras ofertas. Enquanto a opção de 5 CDs por R$19,95 tinha a maior resposta percentual, 2,80%, graças ao elevado custo não-recuperado dos CDs nesta oferta, seu benefício final (R$15,24) era o mais baixo dos testes.


O mais importante é que o que chamamos de “Benefício Relativo”: a linha de lucro representada na última coluna da direita na tabela. O que ela exibe é a quantia relativa de lucro que o clube ganharia se oferecesse 50 mil (ou outra quantidade colocada na célula) ofertas de cada opção. O que nós vemos é que 4 CDs por R$19,96 renderiam o maior lucro, embora esse resultado esteja próximo daquele de 3 CDs por R$ 14,95.
Ler corretamente os resultados pode fazer a diferença entre grandes conquistas e grandes perdas. E, às vezes, como no caso acima, uma resposta menor pode gerar um lucro maior. Uma razão para isso é que, em regra, quanto maior o incentivo, maior a resposta. Mas isso geralmente significa que os clientes potenciais são mais atraídos pelo incentivo do que pelo produto. Se este for o caso, seu valor vitalício e até mesmo sua disposição para pagar vão decair, e esses fatores afetarão negativamente os lucros.

Ao considerar qualquer incentivo, a pergunta que deve ser feita é: o quanto a resposta precisa melhorar em relação ao mailing anterior para justificar o custo maior da oferta de incentivo? A ferramenta simples para calcular isso está apresentada abaixo. É uma parte do modelo de Test Results Analysis, que você pode baixar aqui.

A palavra final sobre ler os resultados é simplesmente que o seu foco nunca deve desviar da lucratividade final de cada uma das suas ofertas e que apenas uma análise cuidadosa pode apontar o real vencedor e garantir a você a medalha de ouro.
Nota: Uma grande ajuda para preparar o exemplo foi fornecida por Francisco Pigato, da Editora Abril.


Peter Rosenwald é especialista em Data-Driven Marketing, professor, e autor do livro "Accountable Marketing: Otimizando resultados dos investimentos em Marketing".

Fonte: Endeavor Brasil.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

E-book gratuito: 5 passos para vender mais pela internet


O ebook “5 passos para vender mais pela internet” é um livro gratuito feito pela equipe Empreendemia (mesma equipe que cuida do blog Saia do Lugar).

O objetivo deste ebook é dar dicas práticas para micro e pequenas empresas que querem aumentar suas vendas pela internet.

Ele é gratuito, de graça e grátis!

Pra conseguir o seu, basta enviar uma mensagem via Twitter ou Facebook e pronto, você terá o seu livro na hora:







Para quem tiver comentários, feedback ou simplesmente quiser dar um alô sobre o ebook, basta escrever para ebookmkt@empreendemia.com.br.

Fonte: Empreendemia


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Captação de clientes: grandes contas


A ferramenta Captação de clientes: grandes contas é um guia prático para empresas de pequeno porte que querem conquistar grandes clientes. Ela orienta o micro e pequeno empreendedor a se preparar para apresentar sua empresa aos potenciais consumidores.

 Se por um lado um cliente de peso pode ser um sinônimo de qualidade para uma empresa de serviços, por outro ele pode significar mais risco para uma pequena fábrica. Ao usar uma abordagem simples, em dez passos que podem ser seguidos pelos empreendedores ou adaptados à realidade de seus negócios, a ferramenta quebra alguns mitos e prepara o empreendedor enfrentar essa situação importante.


Fonte: Movimento Empreenda

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Programa SEBRAE Mais para empresas avançadas


O Sebrae Mais oferece diversas soluções para empresas que buscam a evolução de seus negócios. Quando a empresa cresce, muitas vezes o dono não tem tempo para planejar o futuro da sua empresa, tem dificuldade em delegar tarefas, se sente sozinho, deseja trocar experiências com outros empresários e necessita de soluções práticas que podem ser aplicadas imediatamente no seu negócio.

Com o Sebrae Mais, você terá a oportunidade de implantar modelos avançados de gestão empresarial, ampliar sua rede de contatos, implantar estratégias para estimular a inovação na sua empresa, analisar os aspectos fundamentais da gestão financeira e melhorar o processo de tomada de decisões gerenciais. O programa é composto por conjunto de soluções que são aplicadas conforme as necessidades da empresa. O programa reúne diversas modalidades – consultoria individualizada por empresa, workshops, capacitação, palestras e encontros – direcionadas para você que busca práticas mais avançadas de gestão.

As soluções que fazem parte do programa são:

- Estratégias empresariais
- Gestão da inovação - inovar para competir
- Planejando para internacionalizar
- Gestão Financeira - do controle à decisão
- Encontros Empresariais
- Empretec
- Gestão da Qualidade
- Ferramentas de Gestão Avançada


Conheça os detalhes de cada uma das soluções clicando aqui. Para participar do Sebrae Mais, sua empresa deve ter mais de dois anos de funcionamento, acima de nove funcionários e boa estrutura operacional, o que exige uma maior sofisticação na administração. Também é importante que tenha interesse em expandir seus negócios e superado as questões básicas de gestão, nas áreas de pessoas, processos, marketing e finanças.

Procure um ponto de atendimento do Sebrae ou ligue 0800 570 0800.

Gestão de pessoas é desafio para pequenas empresas

A adoção de políticas de recursos humanos em micro e pequenas empresas (MPEs) é muitas vezes vista com resistência pelo empresário.


A falta de conhecimento e de recursos estão entre as causas. Nesse assunto, poucas vão além do básico, como folha de pagamento, demissão e contratação.


Segundo Celso Bazzola, sócio-diretor da Bazz Estratégia e Operação de RH, empresa que dá consultoria para MPEs, o grande desafio é fazer o pequeno empreendedor enxergar essas políticas como investimento, não como custo. "Eles acham que é coisa para empresa grande e só dão importância quando começam a perder talentos."


A atração e retenção de bons profissionais estão entre os principais motivos para uma empresa ficar atenta à gestão de pessoas. Isso porque o custo da rotatividade de funcionários é muito alto.


CRIATIVIDADE


Por outro lado, boas práticas de gestão nem sempre precisam de grandes investimentos. Em alguns casos, basta um pouco de criatividade. Foi o que percebeu a direção de uma pequena metalúrgica carioca, a Maemfe.


Desde 2004, a empresa vem implementando ações no intuito de melhorar os níveis de satisfação. "São ações simples, mas que têm trazido ótimos resultados", disse Marcos Paulo Dinis Ano Bom, diretor da empresa.


Ano Bom cita como exemplo o programa Bom Dia Maemfe, que mensalmente reúne os funcionários para um café da manhã oferecido pela empresa. "Nessas ocasiões, a diretoria faz um relatório resumido dos números recentes e fala sobre os planos."


A transparência na relação entre direção e funcionários trouxe resultados. Conforme relata o diretor, na pesquisa de clima que a empresa realiza entre seus colaboradores, o nível de satisfação médio constatado tem sido de 7 pontos - em uma escala de 0 a 10.


"Hoje o funcionário se sente parte do negócio e acredita na empresa."


NOVA MENTALIDADE


Mesmo com resistências, a mentalidade do pequeno empresário sobre gestão de pessoas vem mudando.
O problema é conseguir agir em meio a tantas prioridades urgentes. É o que afirma Carlos Silva, Membro do Conselho Deliberativo da ABRH-SP (Associação Brasileira de Recursos Humanos) e sócio-diretor da Lesap Consultoria Empresarial.


"Os pequenos empresários estão sempre apagando incêndios, tentando manter o negócio funcionando. Eles nem sempre têm tempo de pensar em RH", afirma Silva.


Ele reforça, porém, que a partir de dez funcionários toda empresa deveria ter políticas de recursos humanos. "Caso contrário, o empresário estará só 'treinando' o funcionário para outra empresa, pois, na primeira oportunidade, ele troca de emprego."


Silva enfatiza que o mercado está sempre em busca de bons profissionais e que o pequeno empreendedor tem de aprender a valorizá-lo. "Quando um trabalhador fica insatisfeito é como se estivesse no mercado. Está sempre à procura de um emprego melhor."


Fonte: Folha de São Paulo.



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Documento para rescisão de contratos de trabalho terá novo modelo a partir de novembro


Os documentos para a rescisão de contratos de trabalho deverão seguir um novo modelo a partir de novembro. O Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) deverá especificar detalhadamente as verbas rescisórias devidas ao trabalhador e as deduções.

Se o documento não estiver de acordo com o novo modelo, não será autorizado o saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), nas agências da Caixa Econômica Federal. O modelo vale também para a rescisão de contratos de trabalhadores domésticos.

Os empregadores têm até 31 de outubro para se adequar à regra. O novo modelo está disponível na página do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) na internet e já pode ser usado.

No documento devem constar adicional noturno, de insalubridade e de periculosidade, horas-extras, férias vencidas, aviso prévio indenizado, décimo-terceiro salário, gorjetas, gratificações, salário família, comissões e multas. Também deverão ser discriminados valores de adiantamentos, pensões, contribuição à Previdência e Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).

De acordo com o governo, o objetivo é facilitar a conferência dos valores pagos e devidos ao trabalhador.

Da Agência Brasil. 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

74% dos usuários do Facebook curtem pelo menos uma página de empresa ou marca


Em entrevista com 1.316 usuários de internet, a E.life, empresa de inteligência de mercado nas redes sociais, descobriu algumas características e comportamentos das pessoas nessas mídias. A conclusão que talvez mais interesse para os negócios que estão adotando estratégias nesses meios é que 74% dos usuários do Facebook curtem pelo menos uma página de empresa ou marca. No Twitter, 54,1% seguem o perfil de uma companhia, produto ou serviço.

Mas há um dado que muitas vezes passa batido pelos empreendedores: 43% das pessoas estão nessas redes para se relacionar com amigos, parentes e colegas. Apenas 1,8% afirmou que procura informações sobre empresas, produtos e serviços. Ou seja: ou você constrói uma estratégia rica em conteúdo interessante ou é bem provável que sua empresa passará despercebida. “O consumidor está ali pelos seus relacionamentos pessoais, então cada empresa precisa pensar melhor no que pode oferecer para chamar sua atenção”, afirma Alessandro Barbosa Lima, CEO da E.life.

A pesquisa abordou outro ponto muito estudado por quem trabalha com mídias sociais: a dualidade entre oferta de descontos e oferta de conteúdo. Como já disse ali em cima, informações de qualidade são uma das características mais importantes de uma estratégia em mídias sociais. Só que o estudo da E.life mostra que, no Facebook, o motivo que leva 35,2% dos entrevistados a curtir uma determinada página são a oferta e a oportunidade exclusiva de obter um produto. E 30,8% se interessam pelo conteúdo veiculado na rede social. Ou seja, a diferença entre os dois é pequena. Para Lima, ainda é preciso considerar que outros 15,9% vão atrás dessas páginas pelo suporte de serviços, atendimento online e novidades. Isso mostra que os usuários buscam as empresas nessas redes por motivos diferentes do que apenas o comercial.

Os números no Twitter seguem o mesmo padrão: 33,9% dos entrevistados informam que seguem uma marca devido às ofertas e oportunidades exclusivas; 29,4%, por acharem interessante o conteúdo postado; 19,7%, pelo suporte de serviços, atendimento online e novidades. Esse último dado também confirma a característica de SAC 2.0 que essa rede adquiriu.

A pesquisa ainda concluiu:

- 56% dos usuários de redes sociais acessam suas contas por meio de celulares e smartphones. Isso implica que empresas precisam adaptar seus sites para o formato em caso de redirecionamentos;

- A maioria desses usuários está praticando outras atividades offline enquanto estão conectados;

- Entre 2011 e 2012, houve um crescimento da presença dos brasileiros no Facebook e no Tumblr – um dos queridinhos do momento -, enquanto houve queda no Orkut e no Blogger;

- Ainda assim, o maior crescimento em atividade dos brasileiros aconteceu no Facebook e no YouTube.

Para conferir a pesquisa, completa clique aqui.


Fonte: PEGN


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Quanto pequenas empresas devem investir em marketing


Investimentos em marketing são vitais para que uma empresa possa atrair novos clientes e mantê-los satisfeitos

Altos investimentos em campanhas publicitárias e ações em mídias sociais costumam ser associados a grandes empresas. No entanto, com a necessidade de expansão de mercado, também as pequenas empresas têm dado certa atenção a investimentos em marketing.

Aqui não me refiro a ter um departamento de marketing ou mesmo uma equipe completa, mas ao planejamento de verba para as ações de marketing.

E quanto deve ser investido em marketing? A resposta sairá deste planejamento, ou como é comumente chamado, do plano de marketing. É listar possíveis ações, fazer orçamentos para saber os custos, buscar por fornecedores que possam executá-las, criar um cronograma para adequar as ações à sazonalidade de seu negócio e, principalmente, determinar objetivos para estas ações.

Podemos dividir os investimentos em marketing em dois grupos. O marketing institucional é aquele com ações para que os clientes conheçam a empresa e seus produtos e serviços. Refere-se, por exemplo, ao desenvolvimento da logomarca, do website, das mídias sociais, dos materiais gráficos (cartões de visita, folders, catálogos, etc.) e de propagandas em revistas. Neste caso, recomenda-se investimento constante. Assim, em vez de um percentual do faturamento, melhor seria estabelecer um valor fixo mensal que cubra o planejamento de marketing da empresa.

Já o marketing comercial é feito com ações para gerar aumento de vendas, como campanhas para datas especiais e promoções. O percentual de investimento tende a variar muito de acordo com o segmento da empresa. Empresas que dependem de ações de marketing para vender chegam a investir 10% do faturamento ou até mais. No geral, investir de 3% a 5% do faturamento é um bom patamar.


Maurício Galhardo é especialista em administração financeira e sócio–diretor da Praxis Education.

Fonte: Exame.com


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Aidala: plano de marketing e vendas para empreendedores



Boa parte dos empreendedores não investe o tempo devido em planejamento e não tem experiência em vendas. Esta ferramenta tem o objetivo de facilitar a elaboração de um planejamento de marketing e vendas, considerando as limitações de recursos, tempo e conhecimento de cada um.

A sigla Aidala se refere às etapas que o empreendedor deve seguir para conquistar clientes fiéis: atenção, interesse, desejo, ação, lealdade e apóstolo. A cada etapa, cabe ao empreendedor tomar decisões a respeito de outro conceito consagrado do marketing: os 4 Ps (produto, praça, preço e promoções).

Inicialmente, o empreendedor deve refletir sobre o posicionamento do seu negócio, perguntando-se qual o perfil de cliente desejado pela empresa e como o negócio deve ser percebido pelo público-alvo. Depois, será necessário decidir sobre ações relativas aos 4 Ps, dentro de cada etapa. Ao final do processo, ele terá uma visão mais clara sobre a estratégia de marketing e vendas que deve adotar.


Fonte: Movimento Empreenda

A Avaliação 360º é uma das formas mais eficientes e eficazes para apoiar o desenvolvimento humano e organizacional


Ela é uma das formas mais eficientes e eficazes para apoiar o desenvolvimento humano e organizacional, desde que utilizada corretamente!

A avaliação 360º (ou Feedback 360º) é um instrumento de desenvolvimento que pode ser usado por qualquer pessoa que tenha interesse em se autoconhecer, enxergando-se  a partir de múltiplas perspectivas. Quando utilizada dentro do contexto organizacional, contribui de maneira significativa para o desenvolvimento de competências e comportamentos de liderança demandados pela organização.
Trata-se de um processo em que os participantes (avaliados) recebem feedback estruturado de seu superior, pares e subordinados, fazendo também uma autoavaliação. O 360º, como é comumente chamado, pode ser feito de maneira formal ou não, avaliando competências específicas ou simplesmente perguntando sobre comportamentos demonstrados. Tradicionalmente, a avaliação 360º é construída sobre competências específicas e conduzida de maneira anônima, proporcionando assim um feedback mais honesto e transparente.

Seu resultado consolida as diversas percepções e funciona como um espelho de 4 faces, em que se pode comparar a visão de cada um dos grupos com a visão que se tem de si próprio, gerando poderosos insights para o participante. É importante ressaltar que a avaliação 360º mensura percepções, mas não pode ser tomada como verdade absoluta. Ela deve, sim, ser utilizada para reflexão e desenvolvimento, mas não como instrumento de mensuração de performance ou para subsidiar programas de remuneração variável, por exemplo. Sistemas ou processos imprecisos ou confusos podem levar a resultados improdutivos, como feedback punitivo, metas de desenvolvimento não apropriadas, stress, cinismo, descrença e falta de participação.

Por outro lado, se feito e utilizado corretamente, o 360º leva o avaliado a assumir responsabilidade por seu autodesenvolvimento, por meio da elaboração e execução de um plano de ação com objetivos claros e indicadores de progresso. No entanto, para que o avaliado assuma essa responsabilidade, ele deve ser envolvido desde o início na escolha dos participantes que irão responder sua avaliação. A credibilidade destes perante o avaliado é crítica para o sucesso do processo. Da mesma forma, o resultado deverá ser entregue em primeira mão para o avaliado, para que ele tenha tempo de assimilar o conteúdo e refletir sobre as mensagens ali contidas. Se isto não for respeitado, o avaliado poderá descartar os resultados da avaliação e todo o processo terá sido um desperdício de tempo e recursos. O que se recomenda é que o próprio avaliado compartilhe seus resultados com seu superior imediato para discutir seu plano de desenvolvimento, alinhando suas necessidades de desenvolvimento com aquelas identificadas pela empresa.
Em resumo, a avaliação 360º é uma das formas mais eficientes e eficazes para apoiar o desenvolvimento humano e organizacional, desde que utilizada corretamente!

Márcia Veras é coach executiva e consultora em Gente & Gestão.

Fonte: Endeavor Brasil


terça-feira, 7 de agosto de 2012

CRM Social: mais do que uma onda, uma necessidade


As estatísticas comprovam que a cada instante um número maior de pessoas utiliza a Internet e as mídias sociais. No Brasil, segundo o Ibope/NetRatings, mais de 82 milhões de usuários acessam a web. Outro instituto importante, o ComScore, afirma que nosso país ocupa a primeira colocação no ranking latino-americano, com 97% dos internautas utilizando os canais sociais, estando entre os preferidos o Facebook (94,5%), Orkut (75%), Twitter (73,3%) e YouTube (69,4%).

São dados que comprovam para as empresas a necessidade premente de gerenciar esses meios virtuais porque é através deles que os consumidores de seus produtos e/ou serviços se comunicam com amigos, familiares, conhecidos e até com elas próprias. E mais: fornecem informações preciosas sobre hábitos, gostos, comportamentos e vários outros dados que, se bem trabalhados, permitem a realização de ações mais focadas para os diferentes perfis de público.

Nesse sentido, é fundamental que as empresas invistam numa estratégia de CRM Social, que nada mais é do que a inclusão dos canais sociais no CRM tradicional, utilizado para, como o nome já diz (na sigla em inglês para Consumer Relationship Management), gerenciar o relacionamento com o cliente. Segundo o Gartner Group, no ano passado o mercado de software para esse segmento movimentou algo próximo a US$ 820 milhões no mundo todo, e a estimativa para 2012 é de uma receita da ordem de US$ 1 bilhão.

Mas é importante salientar que mesmo as empresas que ainda não dispõem de ferramentas específicas de CRM (tanto operacional, como analítico e mesmo social), precisam encontrar uma forma de atrelar os canais sociais ao seu sistema de gerenciamento de clientes, para estarem aptas inclusive a participar de conversas formais e informais que circulam na web, que mostram os estados emocionais das pessoas e suas reações às mais variadas situações. E vale lembrar que as informações, como reclamações, dúvidas, críticas e sugestões que as empresas costumavam coletar por meios tradicionais como telefone (SAC), e-mail e correio, agora estão na chamada nuvem, na Internet.

É cada vez mais usual o consumidor fazer uma reclamação sobre um determinado fornecedor em sites como o Reclameaqui, ou mesmo no Facebook e Twitter, quando já esgotou todas as possibilidades de solucionar o problema por meio dos canais convencionais da empresa. Isso porque muitas vezes, pela mídia social, ele é atendido com maior rapidez, já que as empresas têm medo dos arranhões que as reclamaçoes na web podem causar à sua imagem.

Uma pesquisa recente, feita pelo IBOPE Zogby revelou que nos principais países do mundo os prejuízos causados pelo mau atendimento superam a casa dos US$ 300 bilhões por ano. Mas há outros danos bem mais perniciosos do que as perdas financeiras: a má reputação e a falta de confiança do consumidor na empresa, porque essa imagem é amplificada nas redes sociais, tornando-se um problema bem mais difícil de ser contornado.

Com a implantação de uma estratégia de CRM Social e utilização de ferramentas adequadas, é possível estabelecer e monitorar mais canais diretos de comunicação com o cliente. Mas também é indispensável treinar as equipes de suporte,  marketing e vendas, para que estejam prontas a responder rapidamente às questões levantadas nas redes.

Quem apostou nesse sentido já está colhendo os frutos, como comprova uma pesquisa global, que incluiu o Brasil, feita pela NucleusResearch, divulgada em março deste ano. Dentre as empresas pesquisadas, 21% afirmaram que a produtividade aumentou em média 20%. O estudo também mostrou que o uso de aplicativos de CRM Social em dispositivos móveis impulsionou cerca de 14% as operações de vendas.

Não resta dúvida de que as empresas da atualidade precisam estar mais atentas quanto a essa questão. Há grandes desafios a serem enfrentados, como a integração desses canais aos sistemas já utilizados, preparar profissionais para atuar nessa área e escolher ferramentas adicionais adequadas. Mas os ganhos podem ser muito compensadores e até surpreendentes.

Sandra Turchi - Coordenadora e professora do curso “Estratégias de Marketing Digital” – ESPM e VP de Marketing da ABRAREC.

Fonte: Mundo do Marketing